Dólar sobe 1,57% e fecha a R$ 3,60 pela primeira vez desde 2003

As novas medidas adotadas pela China para impulsionar a economia trouxe alívio aos mercados, mas o cenário político local pesou.

Do Mundo-Nipo com Agências

Depois de começar o dia em baixa, o dólar inverteu a tendência e fechou em forte alta nesta terça-feira (25), atingindo o patamar de R$ 3,60 pela primeira vez em mais de 12 anos, em meio a apreensões na política local ofuscando o alívio no exterior com as novas medidas adotadas pela China para impulsionar a segunda maior economia mundial.

A moeda norte-americana subiu 1,57%, cotada a R$ 3,6084 na venda. Trata-se da terceira alta consecutiva e o maior valor de fechamento desde 27 de fevereiro de 2003, quando a moeda bateu R$ 3,662.

Na mínima do dia, a divisa recuou 1,10%, negociada R$ 5,5135, reagindo ao anúncio de medidas de apoio à economia da China. O banco central da China cortou as taxas de juros e, ao mesmo tempo, afrouxou as taxas de compulsório pela segunda vez em dois meses.

O mercado tem sido afetado pela preocupação com o desempenho da economia chinesa, que vem desacelerando, segundo dados recentes, e a falta de medidas pelo governo local.

Embora o anúncio das novas medidas para impulsionar a economia chinesa tenha levado um alívio, o conturbado cenário político local pesou sobre o desempenho da moeda americana.

Cenário interno
No mercado interno, investidores estavam de olho no cenário político. Ontem, o vice-presidente, Michel Temer, pediu para deixar as negociações de cargos e emendas no governo.

Na reta final da sessão, o dólar ampliou ainda mais a alta, com os mercados externos também perdendo ímpeto. “Já vinha ruim aqui e o mercado (acionário) dos Estados Unidos virou no fim do dia, azedando ainda mais o humor por aqui”, disse à agência Reuters o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros.

Atuações do Banco Central do Brasil no câmbio
No Brasil, o Banco Central continuou a rolar os contratos de swap cambial (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em setembro, vendendo a oferta total de até 11 mil contratos.

Ao todo, o BC já rolou US$ 8,093 bilhões, ou cerca de 81% do total de US$ 10,027 bilhões. Se continuar nesse ritmo, vai recolocar todo o lote.

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

(Com informações da Agência Reuters e Jornal Folha de S.Paulo)

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