O dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira (25), com o mercado cauteloso, na expectativa do julgamento de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e à espera do discurso de Janet Yellen, presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), e
Ao término das negociações de hoje, o dólar estava cotado a R$ 3,2316 na venda, leve alta de 0,27%. Na máxima do dia, a moeda norte-americana chegou a R$ 3,2427 e, na mínima, foi a R$ 3,2163, de acordo com a agência de notícias ‘Reuters’.
Com o resultado de hoje, a moeda dos EUA acumula alta de 0,76% na semana. No mês e no ano, porém, acumula desvalorização de 0,35% e de 18,15%, respectivamente.
“Dá para resumir o mercado em duas palavras: Yellen e impeachment”, disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues, à ‘Reuters’.
Um clima de indefinição domina o mercado e, por isso, limita a tomada de risco por parte dos agentes. Segundo o ‘Valor Online’, a expectativa pelo resultado do julgamento final da presidente afastada Dilma Rousseff, que deve terminar apenas na semana que vem, tem travado os negócios já há alguns dias, e hoje o padrão se repetiu.
Embora investidores esperem que Dilma seja definitivamente afastada e Michel Temer se torne o presidente até 2018, o mercado ainda prefere evitar novas posições. Além disso, com o governo deixando de ser interino, tende a crescer a atenção sobre a velocidade da evolução do ajuste fiscal, com o mercado devendo elevar as cobranças, destacou o ‘Valor Online’.
Atuação do Banco Central
Nesta sessão, o Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio. Ao todo, foram vendidos 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem à compra futura de dólares.
Investidores querem saber se o governo vai tentar evitar quedas mais fortes do dólar. A moeda barata demais pode atrapalhar a recuperação econômica porque prejudica as exportações e impulsiona as importações. Por outro lado, o dólar alto faz a inflação acelerar.
Mercado externo
No exterior, os investidores aguardam as declarações de Janet Yellen na abertura do simpósio em Jackson Hole (EUA), na sexta-feira. O receio é que Yellen não descarte a ideia de um aumento dos juros americanos no curto prazo, o que justificaria um movimento de ajustes nos preços dos ativos, começando pelos títulos do Tesouro americano, que mantêm para dezembro a maior probabilidade de alta de juros.
Resumindo, o receio é porque juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em países onde as taxas são maiores, como o Brasil.
Fontes: Agência Reuters | Valor Online.
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