Depois de operar em queda pela manhã, o dólar mudou de rumo e fechou em alta frente ao real nesta sexta-feira (26), seguindo o movimento de alta no exterior diante de dados melhores que o esperado sobre economia dos Estados Unidos. No entanto, alta de mis de 1% hoje não foi o suficiente para reverter o movimento de queda na semana, na qual a moeda americana encerra com variação negativa de 0,62% frente o real.
O dólar subiu 1,21%, cotado a R$ 3,9976 na venda, após subir 1,54%, e tingir R$ 4,0109n máxima da sessão..
A pesar do avanço significativo sobre o real nesta sessão, a moeda norte-americana encerrou a semana com desvalorização de 0,62%. No mês, há recuo acumulado de 0,66%. No ano, porém, há valorização de 1,26%.
Lá fora, a moeda americana subia frente às principais divisas após a divulgação de dados acima dos esperado da inflação nos Estados Unidos.
Os gastos dos consumidores nos EUA cresceram 0,5% em janeiro ante o mês anterior, acima da estimativa do mercado que era de alta de 0,3%.
Já o índice de preços referentes a gostos pessoais (PCE, na sigla em inglês) – medida de inflação preferida do Federal Reserve – subiu 0,1% na margem e 1,3% na comparação com janeiro do ano passado.
Chamou a atenção do mercado, no entanto, a alta de 1,7% do núcleo do PCE que subiu 0,3% em janeiro ante dezembro, acima da expectativa dos analistas que esperavam avanço de 0,2%.
O desempenho do dólar também foi influenciado pelo preço do petróleo, que voltou a cair, após operar em alta na maior parte do dia.
Investidores estavam atentos, ainda, às declarações do presidente do banco central da China, Zhou Xiaochuan, de que o país ainda tem espaço e ferramentas para estimular sua economia. O discurso ajudou a conter o avanço do dólar nesta sessão.
Lá fora, a moeda americana avançava 1,49% em relação ao dólar australiano, 3,85% diante do rand sul-africano e 2,38% frente à lira turca.
No mercado local, a incerteza política e a falta de perspectiva em relação ao avanço do ajuste fiscal têm elevado o pessimismo em relação ao Brasil.
Hoje o governo divulgou o resultado primário do setor público, que apresentou um superávit de R$ 27,913 bilhões em janeiro, o melhor resultado desde janeiro de 2013, que foi impulsionado por receitas extras do leilão das hidrelétricas realizado em novembro.
Na véspera, o Tesouro Nacional havia divulgado que o governo federal sozinho registrou saldo positivo em suas contas após oito meses no vermelho.
Atuações do Banco Central no câmbio
O Banco Central brasileiro deu continuidade ao seu programa de interferência no câmbio e concluiu nesta manhã a rolagem integral dos swaps cambiais (equivalente a venda futura de dólares) que vencem em março, que equivalem a US$ 10,118 bilhões. O próximo lote de swaps vence em 1º de abril de 2016 e equivale a US$ 10,092 bilhões.
Fontes: Agência Reuters | Valor Econômico.
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