Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar fechou em queda nesta quinta-feira (26), abaixo de R$ 2,20, após operar em leve alta durante boa parte do dia, mas passou a cair no final da sessão. De acordo com a agência de notícias Reuters, a mudança do movimento foi uma reação à entrada significativa de dólares no país na última hora de negociação.
O dólar comercial encerrou o dia com desvalorização de 0,44%, contado a R$ 2,1963 para a venda. É o menor valor de fechamento desde 30 de outubro do ano passado, quando a moeda dos Estados Unidos encerrou a R$ 2,192. Na véspera, o dólar já havia caído quase 1%. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 1,8 bilhão.
Boa parte do mercado acredita que o Banco Central não quer que o dólar caia abaixo do patamar de R$ 2,20 devido a possíveis impactos adversos sobre as exportações. Por outro lado, a percepção é de que autoridade monetária quer evitar cotações muito acima de 2,25 reais, que poderiam pressionar a inflação via encarecimento de importados.
Nesta sessão, os investidores analisaram o relatório trimestral de inflação divulgado pelo Banco Central brasileiro, no qual a autoridade monetária diminuiu sua previsão para o crescimento da economia em 2014, de 2% para 1,6%, ao mesmo tempo em que subiu a projeção de inflação, de 6,1% para 6,4%.
A meta de controle dos preços do governo determina que a inflação oficial deva subir 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Ou seja, a inflação pode oscilar entre 2,5% e 6,5%.
No contexto externo, investidores analisavam dados sobre o mercado de trabalho norte-americano. Segundo o ‘UOL Economia’, os novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA somaram 312 mil na semana terminada em 21 de junho, recuo de 2.000 em relação a uma semana antes.
De acordo com o jornal ‘Valor Econômico’, os números mostram que a economia dos EUA ainda mostra sinais de uma lenta recuperação e têm ajudado as taxas dos Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) a permanecerem baixas, o que favorece as moedas emergentes.
Entretanto, apesar de ter rompido o piso de R$ 2,20 nesta sessão, analistas afirmam que o dólar não deve se sustentar nesses níveis mais baixos. “O investidor já assume que, quando o dólar recua muito, o BC pode tomar uma atitude”, afirmou à Reuters o diretor de câmbio da corretora Pioneer, João Medeiros.
Atuação do Banco Central no câmbio
O BC vendeu pela manhã a oferta total de até 4 mil swaps de seus leilões diários, com volume equivalente a US$ 198,4 milhões. Foram 2,5 mil contratos para 2 de fevereiro e 1,5 mil para 1º de junho de 2015.
Em seguida, vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em julho. Ao todo, já rolou pouco mais de 80% do lote total, que corresponde a US$ 10,060 bilhões..
As informações das cotações de fechamento são fornecidas pelo Portal Financeiro Investing.com Brasil.
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