O presidente do Banco do Japão (BOJ, o banco central japonês), Haruhiko Kuroda, disse que os efeitos de uma segunda onda da pandemia de coronavírus podem prejudicar a economia japonesa “consideravelmente”, sinalizando a prontidão do banco em acelerar medidas de estímulo novamente para amortecer qualquer golpe da crise.
Mas em um seminário online realizado hoje (26), Kuroda disse que o banco central não vê necessidade imediata de cortar os juros e, em vez disso, vai se concentrar em aliviar os apertos de financiamento corporativo e estabilizar os mercados com suas ferramentas de empréstimos e compras de ativos.
“A economia do Japão está em uma situação extremamente grave (…) No segundo trimestre, provavelmente veremos um crescimento negativo considerável”, disse Kuroda.
O Banco do Japão flexibilizou sua política monetária em março e abril, principalmente aumentando a compra de ativos e criando esquemas de empréstimos para canalizar fundos para empresas atingidas pela pandemia. O banco manteve suas metas de taxa de juros.
Kuroda disse estar “cautelosamente otimista” de que a economia do Japão vai se recuperar gradualmente a partir do segundo semestre deste ano, permitindo que o Banco do Japão reduza suas medidas de resposta à crise.
Matéria atualizada em 01/07/2020.
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