O número de brasileiros no Japão aumentou pelo sexto mês consecutivo e apresentou a primeira alta semestral desde a crise financeira global, em 2008, aponta os dados do governo do país, conforme noticiou a agência Kyodo nesta sexta-feira (26).
O relatório do Ministério da Justiça mostra que o total de entradas de brasileiros no território japonês entre janeiro e junho situou-se em 35.416, enquanto 27.634 brasileiros deixaram o país no mesmo período, configurando em um saldo de 7.782 no primeiro semestre, de acordo com o relatório do Ministério da Justiça divulgado na quinta-feira (25).
Na comparação mensal, entraram no país 5.354 brasileiros no mês de junho, enquanto o número de saídas totalizou 4.014, deixando um saldo 1.340 e marcando o sexto mês consecutivo de crescimento.
Segundo o ministério, trata-se do primeiro aumento da presença brasileira no Japão desde a crise desencadeada pela falência do banco norte- americano Lehman Brothers, no final de 2008, que praticamente estagnou a economia japonesa e afetou bruscamente o mercado de trabalho no país. Além disso, o terremoto e tsunami de 2011, que provocou uma crise nuclear de grandes proporções, também influenciaram no retorno de muitos brasileiros ao país natal.
O pico de brasileiros vivendo no Japão foi registrado em 2008, quando o governo japonês reportou um recorde 320 mil brasileiros no país. Contudo, esse número caiu drasticamente no final de 2009 e veio reduzindo desde então. Em 2015, havia 173 mil brasileiros vivendo no país.
Japão volta a atrair brasileiros
Segundo a agência Bloomberg, a atual crise econômica brasileira e as amplas medidas do governo do primeiro ministro japonês, Shinzo Abe, para reaquecer a atividade no mercado de trabalho, têm encorajado um grande número de brasileiros a deixar seu país natal para buscar melhores oportunidades de emprego no Japão.
Até outubro de 2014, cerca de 178 mil brasileiros viviam em condições legais no Japão. No final de 2015, o número situava em 173 mil, segundo dados do governo japonês.
Fontes: Agência Kyodo | Bloomberg.
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