A inflação ao consumidor japonês ampliou sua série de alta ao registrar em novembro o 11º avanço consecutivo, renovando assim a maior série de crescimento pós-crise de 2008, ajudada sobretudo pelo custo da energia, informou nesta terça-feira o Governo do país.
O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que inclui produtos derivados de petróleo (energia), mas exclui os preços voláteis de alimentos frescos, subiu 0,9% em novembro ante o mesmo mês do ano passado, de acordo com a leitura preliminar divulgada pelo Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações do Japão.
O resultado foi melhor que a previsão mediana de mercado, que esperava o mesmo avanço anualizado de 0,8% registrado em outubro.
Na comparação mensal, o núcleo cresceu 0,2% em termos sazonalmente ajustados e situou-se em 100,7 pontos contra uma base de 100 estabelecida em 2015.
O índice manteve assim a progressão iniciada em janeiro de 2017, quando experimentou seu primeiro avanço em 13 meses. Porém, apesar da boa série de crescimento, o índice ainda está longe de atingir a meta de 2% fixada pelo Banco do Japão (BoJ, banco central japonês).
O aumento dos preços do combustível, da água e da luz, de 5,9% na comparação anual, foi o principal fator que contribuiu para a alta do indicador, seguido pelo aumento de 1,6% do custo de cuidados médicos.
Já o índice do núcleo que elimina os efeitos de alimentos frescos e de energia, medida preferida pelo banco central japonês para avaliar a inflação, subiu 0,3% em novembro ante um ano antes. O índice nessa base de comparação ficou em 101,0 pontos, mesmo nível apurado em outubro.
O CPI é um dado observado de perto pelos banqueiros centrais japoneses e formuladores de políticas monetárias no trabalho de superar as crônicas deflação e estagnação econômica que atingiram o Japão por uma década num passado recente, por meio da criação de um ciclo virtuoso de salários mais altos, maiores gastos e subida da inflação.
Enquanto isso, o núcleo dos preços ao consumidor em Tóquio, que expurga apenas os preços de alimentos frescos, subiu 0,8% em novembro na base anual e 0,1% ante outubro.
O núcleo em Tóquio é considerado um termômetro para a inflação no resto do país porque é disponível um mês antes dos dados nacionais.
Do Mundo-Nipo
Fonte: Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações do Japão.