Do Mundo-Nipo com Agências
A Bolsa de Valores de Tóquio recuou quase 1% nesta sexta-feira (27), com o índice Nikkei fechando a semana com retração de mais de 1% e interrompendo uma série de cinco altas semanais consecutivas, influenciado por realização de lucros de grandes investidores no índice futuro, o que causou fraqueza no mercado à vista.
O Nikkei 225, índice que reúne as empresas mais negociadas da bolsa japonesa, recuou 185,49 pontos, baixa de 0,95% ante o fechamento anterior, encerrando aos 19.285,63 pontos, menor nível desde 16 de março. Com o resultado, o Nikkei quebra uma sequência de cinco altas semanais e fecha a semana com baixa acumulada de 1,40%. No ano, porém, o índice acumula valorização de 10,5%.
Já o indicador Topix, que agrupa os valores da primeira seção em Tóquio, caiu 16,04 pontos, declínio de 1,02% ante o fechamento de quinta-feira, terminando aos 1.552,78 pontos.
O movimento de vendas veio após a maior parte das ações passar a “ex-dividendo” na sessão de hoje. A mudança é válida para as companhias cujo ano fiscal termina no próximo dia 31. Isto significa que investidores que compraram estas ações não podem receber pagamentos programados para o período do próximo ano fiscal, que começa no dia 1º de abril. Trata-se de um desestímulo à compra.
Os dados da inflação ao consumidor do Japão para fevereiro, publicados antes de o mercado abrir, teve pouco impacto. O núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que inclui o óleo, mas não alimentos frescos, subiu 2,0% ante fevereiro do ano passado, contra as expectativas de um ganho de 2,1%. Se descontado o efeito do aumento de impostos em abril, o núcleo da taxa de inflação (medida que retira do indicador os itens que apresentam maior volatilidade) ficou estável.
Entre os maiores recuos estão a Fanuc, que caiu 1,36%, a sexta queda consecutiva com realização de lucros, e a farmacêutica Eisai, que perdeu 1,3% após subir 32% de segunda a terça-feira com promissoras notícias de julgamento de drogas.
As ações da Toshiba tiveram baixa de 3,9% após a fabricante norte-americana de produtos de armazenamento de memória SanDisk publicar que as receitas do primeiro trimestre do ano devem vir 9% abaixo das primeiras previsões, o que serviu de alerta para uma fraca demanda por aplicações corporativas. As duas empresas participam de uma joint venture.
(Com informações das Agências Estado e Kyodo)
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