O número de falência de empresas no Japão recuou pelo quinto mês consecutivo e registrou em julho a maior queda percentual para o mês em termos anualizados, de acordo com o relatório da Tokyo Shoko Research, uma das maiores empresas de pesquisa de crédito do Japão.
O relatório mostra que houve um descenso de 9,5% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 712. O número é referente tanto ao total de falências requeridas como decretadas no sétimo mês de 2016.
A Tokyo Shoko aponta a indústria da construção civil como uma das principais razões por trás do acentuado declínio de falência este ano. Isso porque o setor tem crescido diante dos numerosos projetos de reconstrução após o terremoto e tsunami em março de 2011, que devastou grande parte do nordeste japonês. Há uma grande demanda este ano, principalmente por parte do governo central, que pediu para acelerar os projetos de reconstrução na região.
O relatório mostra ainda que cinco entre os dez setores industriais pesquisados, incluindo as indústrias da informação e comunicação, construção e fábricas, registraram redução no número de pedidos de falências em julho na comparação anual.
Entretanto, a consultora expressou preocupação com as perspectivas futuras, avaliando que as empresas de pequeno e médio porte têm sofrido com a escassez de trabalhadores, o que pode aumentar os custos com folha de pagamento, por conta de horas extras e funcionários de meio período, o que pode, eventualmente, desencadear falências entre as empresas menores.
Em relação aos passivos deixados pelas empresas falidas em julho, o valor total subiu pela primeira vez em cinco meses, para 124,02 bilhões de ienes, alta de 3,3% em relação a julho de 2015, de acordo com o levantamento, que registra falências envolvendo passivos de pelo menos 10 milhões de ienes por empresa.
Os dados atualizados do levantamento da Tokyo Shoko Research foram divulgados na sexta-feira (26), enquanto o relatório preliminar foi publicado no dia 8 de agosto, quando a leitura inicial apontava queda de 9,4% em julho, portanto, a atualização mostrou variação de 0,1%.
Com Agência Kyodo