O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, tomou nesta sexta-feira uma decisão amplamente esperada de adotar estímulos adicionais de gastos, na tentativa mais recente para revitalizar a economia, que tem falhado em acabar com décadas de estagnação.
Abe direcionou seu gabinete para compilar um orçamento extra para o ano fiscal corrente, que vai incluir suporte às áreas rurais afetadas pelo acordo de livre comércio da Parceria Transpacífica (TPP), e pagamentos para grupos de baixa renda para incentivar o consumo privado.
“Enquanto buscamos alcançar nosso objetivo de cortar pela metade nosso déficit primário neste ano fiscal, vamos compilar medidas que levarão diretamente à resolução dos problemas que o Japão enfrenta”, disse o ministro das Finanças, Taro Aso, a repórteres após um encontro de gabinete.
A instrução veio após o governo apresentar nesta semana dois pacotes de medidas voltados para enfrentar o encolhimento populacional e aliviar as preocupações dos fazendeiros com o acordo da TPP.
Abe afirmou que o orçamento extra será destinado, principalmente, a programas sociais, que incluem aumento do salário mínimo, assistência em dinheiro para idosos e famílias de baixa renda, além de iniciativas para ampliar os centros de cuidado de idosos e de outras pessoas dependentes. Tudo isso faz parte de um pacote de estímulos que deve custar pelo menos 3 trilhões de ienes (US$ 24 bilhões).
As medidas apresentadas refletem o novo foco da política econômica de Abe, conhecida como Abenomics, que tem sido criticada por beneficiar grandes negócios enquanto a média dos japoneses luta para se manter. Abe afirmou que o tema da segunda fase era “inclusão”, enquanto o objetivo era ajudar mais pessoas a contribuir e se beneficiar da atividade econômica.
Fontes: Agência Reutes | Agência Estado
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