Japonesa morre de frio após passar 17 anos presa em quarto pelos pais

A mulher de 33 anos  tinha problemas mentais e morreu confinada num quarto desde que tinha 16 anos.
Porta trancada Foto Stockvault
Foto: Stockvault

Uma mulher de 33 anos morreu congelada após passar cerca de 17anos trancada pelos próprios pais em um pequeno quarto na casa onde a família morava, em Osaka, no sudoeste do Japão, informou a agência EFE citando a imprensa local como fonte.

Segundo noticiou a emissora estatal “NHK na terça-feira (26), Airi Kakimoto foi encontrada morta pela polícia dentro do pequeno quarto onde era mantida “prisioneira”. Seguindo a emissora, a polícia foi acionada pelos próprios pais, que ligaram para a emergência no último sábado (23).

O laudo da autopsia, que determinou morte por hipotermia, revelou também que Airi estava com “desnutrição extrema”. Ela media 1,45 metro e pesava apenas 19 quilos. A data da morte ainda não foi confirmada, mas primeiras análises indicam que ela poderia ter morrido no dia 18 de dezembro. Se essa data for confirmada, os pais esperaram 5 dias para avisar que a filha havia morrido.

A mulher viveu confinada num quarto de 3 metros quadrados sem calefação desde que tinha 16 para 17 anos, segundo admitiu o pai, Yasutaka Kakimoto.

Segundo a agência japonesa “Kyodo”, o pai Kakimoto, de 55 anos, e a esposa, Yukari Kakimoto, de 53, trancaram a filha no quarto porque ela sofria de um “transtorno mental que a deixava violenta”. Eles confessaram que a moça era alimentada apenas uma vez por dia.

O pequeno quarto onde Airi ficou confinada por mais de uma década e meia foi construído pelo pai. O local tinha um banheiro improvisado e um tubo conectado a um tanque instalado na parte externa para que ela pudesse beber água. O espaço tinha uma porta dupla que só podia ser aberta pelo lado de fora e uma câmara de vigilância, detalhou a agência EFE,

Os pais da jovem foram presos por abandono de cadáver, acusação que as autoridades japonesas costumam apresentar até que provas suficientes sejam reunidas para a abertura de uma investigação por homicídio.

Com Agência EFE


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