O Japão perdeu um pouco da sua competitividade na economia global, de acordo com a edição 2016 do relatório do Fórum Econômico Mundial, que analisa anualmente as economias mais competitivas do mundo.
Divulgado ontem (27), o estudo deste ano analisou a competitividade de 138 países em 12 diferentes pilares. A Suíça lidera pelo oitavo ano consecutivo e o top 10 do ranking continua praticamente com os mesmos países do ano passado, com algumas poucas alterações nas posições.
O Fórum Econômico Mundial define competitividade como o conjunto de instituições, políticas e fatores que determinam o nível de produtividade de um país. O relatório analisa 118 variáveis dentre os 12 pilares.
Denominado Índice de Competitividade Global (GCI, na sigla em inglês), o estudo colocou o Japão em oitavo lugar na sua lista de 138 economias. O país caiu duas posições em comparação com o ranking do ano passado.
Contudo, Japão seguiu com boa colocação no pilar “Sofisticação dos Negócios”, no qual manteve a 2ª posição. O relatório destaca que “o país possuiu excelentes produtos exclusivos, com ótimo processo de produção”, ocupando o segundo lugar nessa variável da categoria.
Além disso, o setor tem um significativo controle sobre a distribuição internacional, no qual foi classificado na 5º posição no pilar “Infraestrutura”.
Em relação à variável sobre instituições de pesquisa de alta qualidade, o país se classificou em 13º lugar, mas se destaca por possuir excelente disponibilidade de cientistas e engenheiros, o que o colocou em 3º lugar nessa variável. Contudo, ficou em 16º lugar no pilar “Instituições”.
Na categoria “Saúde e Educação Primária”, o país subiu uma posição, de 4º para o 5º lugar. De modo geral, o ambiente do Japão “é altamente inovador”, destaca o relatório, que lhe conferiu a 5ª posição nesse quesito, enquanto que no pilar “Inovação” o país ficou em 8º lugar entre os 138 países analisados.
Por outro lado, representantes do Fórum disseram que a participação das mulheres na economia japonesa foi relativamente baixa. Eles também classificaram o Japão como um destino menos atraente para talentos estrangeiros, questões que contribuíram para a descenso do Japão no ranking deste ano.
Infelizmente, o Brasil caiu seis posições e ficou no 81º lugar no Índice de Competitividade Global. É o pior resultado do Brasil no ranking global do Fórum Econômico Mundial desde 1996, ano em que a Fundação Dom Cabral passou a ser responsável pela coleta e análise dos dados brasileiros. O país chegou a ficar em 48º lugar em 2012 e vem caindo desde então.
Veja abaixo os 10 melhores classificados, incluindo os dados do Brasil:
1. Suíça
Pontuação: 5,81
Posição em 2015: 1º
2. Singapura
Pontuação: 5,72
Posição em 2015: 2º
3. Estados Unidos
Pontuação: 5,70
Posição em 2015: 3º
4. Holanda
Pontuação: 5,57
Posição em 2015: 5º
5. Alemanha
Pontuação: 5,57
Posição em 2015: 4º
6. Suécia
Pontuação: 5,53
Posição em 2015: 9º
7. Reino Unido
Pontuação: 5,49
Posição em 2015: 10º
8. Japão
Pontuação: 5,48
Posição em 2015: 6º
9. Hong Kong
Pontuação: 5,48
Posição em 2015: 7º
10. Finlândia
Pontuação: 5,44
Posição em 2015: 8º
81. Brasil
Pontuação: 4,06
Posição em 2015: 75º
Do Mundo-Nipo
*Confira o relatório em sua íntegra no The Global Competitiveness Report 2016–2017 (em PDF / inglês).
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