Dólar fecha em alta e retorna ao patamar de R$ 2,60

O dólar teve hoje a maior alta percentual diária desde dezembro do ano passado.

Do Mundo-Nipo com Agências

O dólar avançou sobre o real nesta quinta-feira (29), retornando ao patamar de R$ 2,60 após fechar abaixo desse nível por cinco sessões consecutivas, com os ânimos dos investidores melhorados depois de o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, reiterar na véspera o otimismo sobre a economia dos Estados Unidos.

A moeda norte-americana encerrou o dia com valorização de 1,37%, cotada a R$ 2,6121 na venda, após encerrar cinco sessões seguidas abaixo de R$ 2,60. A última vez que o dólar havia fechado acima desse nível foi no dia 21, quando terminou o dia cotado a R$ 2,6066 na venda. Além disso, a moeda teve hoje a maior alta percentual diária desde 23 de dezembro do ano passado, quando subiu 1,64% ante o real.

Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro atingiu o mesmo valor de véspera, ficando em torno de US$ 1,6 bilhão.

Ontem, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) destacou no comunicado da última reunião que não deve elevar a taxa básica antes de junho. Muitos analistas, porém, veem a possibilidade do Fed iniciar o processo de normalização da política monetária a partir de junho, uma vez que a autoridade monetária americana vê a atividade econômica se expandindo a um ritmo sólido, contrastando com a visão do comunicado de dezembro, em que via a atividade em ritmo moderado.

“A ata do Fed poderia ser mais ‘dovish’ e não foi. O mercado esperava que o Fed se mostrasse mais preocupado com a inflação baixa, o que não aconteceu”, afirma Solange Srour, economista-chefe da ARX Investimentos, conforme noticiou a agência Valor Online.

O dado de pedidos de auxílio-desemprego divulgado hoje reforçou essa visão, apontando um recuo para 265 mil na semana passada, enquanto a expectativa do mercado era de uma queda para 300 mil.

De acordo com a agência Reuters, a alta dos juros na maior economia do mundo deve atrair para os EUA recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro, impactando o câmbio. Por isso, a divisa norte-americana se fortalecia contra as principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

No Brasil, o dólar voltou a superar o patamar de R$ 2,60, após romper esse nível de suporte na semana passada. As medidas de rigor fiscal adotadas pelo governo brasileiro e expectativas de liquidez abundante nos mercados globais graças aos estímulos monetários na zona do euro contribuíram para reduzir as cotações do dólar.

“Dá para imaginar o dólar girando em torno de R$ 2,60. Os fundamentos não sustentam uma queda muito maior do que isso”, disse à Reuters o operador de câmbio de um importante banco internacional.

Atuações do Banco Central no câmbio
Segundo analistas, a expectativa é que o BC continue dosando a volatilidade no mercado brasileiro de câmbio por meio das rolagens de swap cambial. O próximo lote de swaps vence em 2 de março e equivale a US$10,438 bilhões.

Nesta manhã, o BC deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, ofertando até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólar, com vencimentos em 1º de setembro e 1º de dezembro de 2015.

O BC fez ainda aquele que deve ser o último leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de fevereiro, que equivalem a US$ 10,405 bilhões, com oferta de até 10 mil contratos.

(Com informações das Agências Reuters e Valor Online)

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