A preocupação com os impactos da crise doméstica dos caminhoneiros na economia, somada a aversão ao risco no exterior, fez o dólar subir nesta terça-feira, no que se configura a quarta sessão consecutiva de alta da moeda norte-americana.
A divisa dos EUA marcou a máxima da sessão no início dos negócios, quando saltou 1,14% e foi a R$ 3,7712, mas depois passou por uma correção e passou a maior parte do dia entre leves altas e baixas.
No entanto, o dólar pendeu para alta e fechou as negociações com valorização de 0,28%, cotado a R$ 3,7392 na venda, enquanto o dólar futuro registrava alta de 0,05%. Na véspera, o dólar havia subido 1,64%, na maior valorização diária desde 7 de dezembro (+1,73%).
“O feriado nos Estados Unidos e Reino Unido na véspera enxugou a liquidez e deixou o mercado meio sem rumo. Houve certo exagero…Hoje o investidor chegou assustado e deu aquele estresse da abertura”, explicou o gerente de câmbio da Treviso Corretora Reginaldo Galhardo, destacou a “Reuters”.
O mercado financeiro está preocupado com as contas públicas em vista das exigências dos caminhoneiros, uma vez que foram cedidas, em sua maioria, pelo governo.
Contudo, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, voltou atrás e disse nesta terça-feira que não haverá aumento de impostos para compensar o corte do preço do diesel.
A agência de classificação de risco Moody’s veio a público hoje para avisar que o corte de impostos e o subsídio do governo para garantir redução de preços do diesel são fatores negativos para a avaliação de risco soberano do Brasil e enfraquecem as perspectivas fiscais de curto e médio prazo.
Intervenção do Banco Central no câmbio
Em meio ao nervosismo recente do mercado, o Banco Central anunciou na véspera que pretende continuar a fazer leilões de novos contratos de swap no fim de maio e também em junho, quando também vai rolar os vencimentos em julho, de US$ 5,962 bilhões.
Nesta manhã, a autoridade já vendeu integralmente a oferta de até 15 mil novos swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, totalizando US$ 6,5 bilhões desde a semana retrasada, quando vendia por dia até 5 mil contratos.
A autoridade também vendeu integralmente a oferta de até 4.225 swaps tradicionais para rolagem do vencimento de junho, concluindo a rolagem de US$ 5,650 bilhões que venciam em junho.
Com informações da Agência Reuters Brasil
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