McDonald’s pede desculpas aos clientes no Japão por carne chinesa vencida

Do Mundo-Nipo com Agências

A filial japonesa do McDonald’s pediu, nesta terça-feira (29), desculpas aos clientes no Japão por ter utilizado carne com validade vencida comprada de uma empresa chinesa.

“Nossas desculpas mais sinceras pelas preocupações ou pelos problemas que essa situação pode ter provocado”, falou a chefe-executiva da empresa no Japão, Sarah Casanova, em comunicado.

Na sexta-feira (25), o McDonald’s havia informado que tinha interrompido as importações e a venda dos produtos produzidos com alimentos vindo da Husi Food, filial chinesa da norte-americana Osi Group, e que passaria a comprar esses produtos de apenas de fornecedores na Tailândia.

A interrupção das vendas ocorreu nas mais de três mil unidades japonesas da rede e representava 17 mil toneladas de carne de frango. Essa quantidade equivale a 38% dos produtos à base de frango vendidos no Japão – 20% só dos Chicken McNuggets.

A acusação contra a Husi Food veio após a divulgação de um vídeo em que os funcionários chineses misturavam carne “podre” com carne fresca e alteravam as datas de vencimentos dos produtos nos rótulos.

Casanova aproveitou o pedido de desculpas para anunciar que os restaurantes da marca no país não irão atingir os objetivos financeiros estipulados pela matriz norte-americana. Isso ocorre pelo “impacto negativo desse incidente nas vendas e na confiança dos consumadores”. Até o momento, o McDonald’s Japão havia obtido uma movimentação financeira de 1,8 bilhões de euros (R$ 5,3 bilhões) e um lucro líquido de 43,4 milhões de euros (quase R$ 130 milhões).

O escândalo da carne estragada atingiu também Hong Kong. Ainda na sexta-feira, o McDonald’s de Hong Kong suspendeu a venda de nuggets, hambúrgueres de frango, saladas e chá de limão. O escritório de Segurança Alimentar ordenou a suspensão de todas as importações de alimentos fornecidos pela Husi Food.

Além do McDonald’s, as redes KFC, Pizza Hut e Burger King também venderam produtos estragados no Japão. Fonte: Agência ANSA.

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