O dólar interrompeu uma série de quatro quedas consecutivas e fechou em alta nesta terça-feira (29), um dia marcado pela volatilidade e baixo volume de negócios devido à proximidade do feriado de Ano Novo.
A moeda norte-americana subiu 0,44%, cotada a R$ 3,8769 na venda, após despencar 2,1% na véspera e atingir o menor valor de fechamento desde 10 de dezembro.
Na semana e no mês, o dólar acumula desvalorização de 1,67% e de 0,25%, respectivamente. No ano, porém, há valorização de 45,82%.
Muitos operadores estão afastados das mesas entre os feriados do Natal e do Ano Novo. Por isso, as cotações têm ficado particularmente sensíveis a operações pequenas, destacou mais cedo a agência ‘Reuters’.
Investidores ressaltaram que o mercado tende a ser guiado por fluxos pontuais, especialmente aqueles relacionados à briga pela formação da Ptax de dezembro, na quarta-feira. A Ptax é uma taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para uma série de contratos cambiais.
“A entrada de recursos pontuais acabou predominando nos últimos pregões do ano, conforme noticiou a agência ‘Valor Online’,
Mais cedo, a moeda acompanhava a melhora do humor nos mercados externos conforme os preços do petróleo se afastavam das mínimas em 11 anos.
Além disso, investidores ainda continuavam focados no cenário fiscal brasileiro, após o governo anunciar na véspera que considera estratégico pagar integralmente as pedaladas fiscais neste ano.
O Banco Central informou mais cedo que o setor público brasileiro registrou um déficit primário de R$ 19,567 bilhões em novembro, o pior para o mês na série histórica iniciada em 2001, acumulando em 12 meses o maior rombo para as contas públicas já registrado como proporção do Produto Interno Bruto (PIB).
Atuações do Banco Central no câmbio
O Banco Central terminou nesta sessão a rolagem dos 11.260 contratos de swap cambial (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em janeiro. O próximo lote de swaps vence em 1º de fevereiro de 2016 e equivale a US$ 10,431 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado. Isso ajuda em tese a evitar que a cotação do dólar suba mais, porque os investidores não compram a moeda agora.
Fontes: Agência Reuters | Agência Valor Online.
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