O dólar comercial interrompeu sua sequência de quatro altas consecutivas ao fechar em leve queda nesta quarta-feira, encerrando a última sessão em maio com a maior elevação mensal ante o real desde setembro de 2015, encostado em R$ 3,75.
A moeda dos EUA encerrou as negociações a com leve variação negativa 0,07%, cotada a R$ 3,7367 na venda, acumulando em maio valorização de 6,66%, a maior alta percentual desde setembro de 2015, quando a divisa ganhou 9,33% ante o real.
Na mínima do dia, o dólar marcou R$ 3,6868 e, na máxima, R$ 3,7684. A sessão desta quarta-feira foi a última de maio, visto que amanhã o mercado financeiro não abre no Brasil por conta do feriado nacional de Corpus Christi.
Greve
Parte dos caminhoneiros continuou parada mesmo após o governo anunciar na segunda-feira que vai reduzir o preço do litro do diesel em R$ 0,46 por 60 dias. Na semana passada, o governo já tinha anunciado redução de 10% no preço do diesel nas refinarias.
Segundo o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, a redução do preço do diesel terá custo total de R$ 9,5 bilhões aos cofres públicos, que será coberto por uma sobra de R$ 5,7 bilhões que o governo tem em relação à meta de déficit primário (antes do pagamento de juros da dívida), além de corte de despesas de R$ 3,8 bilhões.
Além desse impasse que impede o país de voltar à normalidade, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) iniciou nesta quarta-feira (30) uma greve da categoria contra a política de preços da Petrobras. O movimento acompanha a decisão da Federação Única dos Petroleiros (FUP) de convocar greve de 72 horas às vésperas do feriado.
Intervenção do Banco Central no câmbio do dólar
Nesta sessão, o BC fez leilão e vendeu todo o lote de até 15 mil novos swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda futura de dólares).
O banco central não costuma fazer intervenções no último pregão do mês para não interferir na Ptax, mas considerou que a recente tensão dos investidores justificava sua ação.
Para acalmar os ânimos, a autoridade monetária já avisou que vai continuar promovendo esses leilões, bem como rolará integralmente o vencimento de swaps que vencem em julho e somam US$ 8,762 bilhões.
Fontes: Agência Reuters Brasil | Veja Economia.
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