O principal indicador da inflação ao consumidor no Japão sofreu deflação em agosto na comparação anual, o que representa o sexto mês consecutivo de queda do índice, de acordo com o relatório preliminar divulgado nesta sexta-feira (30) pelo governo do país, indicando, mais uma vez, que o resultado negativo é devido à queda nos preços de energia, o que reforça as dificuldades do governo do primeiro-ministro Shinzo Abe em atingir a meta de inflação estável de 2% ao ano.
O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que exclui os preços voláteis dos alimentos frescos, mas inclui energia, declinou 0,5% em agosto ante o mesmo mês de 2015, de acordo com os números preliminares do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações do país.
O índice situou-se em 99.6 contra a base de 100 estabelecida em 2010. Na comparação mensal, o CPI ficou inalterado, recuando no mesmo ritmo observado em julho.
O CPI que inclui todos os itens também apresentou recuou de 0,5% na base anual e ficou inalterado na comparação mensal. O índice situou-se em 97.7 contra a base de 100.
Já o índice de preços que exclui os preços voláteis tanto de alimentos como de energia, a medida preferida do BC japonês, teve alta de 0,1% na base mensal e elevação de 0,2% em termos anualizados. Embora apresente alta pelo 35º mês consecutivo, esse índice vem desacelerando gradativamente. Em fevereiro, esse índice teve alta de 0,8%, enquanto subiu 1,1% em janeiro, ambos na comparação anual.
Quanto à área Metropolitana de Tóquio, o núcleo do CPI, que exclui os preços voláteis dos alimentos frescos, mas inclui energia, apresentou queda tanto na base anual como mensal, de -0,1% e -0,5%, respectivamente. Já o CPI que exclui os preços voláteis tanto de alimentos como de energia, recuou 0,1 no mês e no ano.
A fraqueza dos preços marca os desafios enfrentados pela administração do primeiro-ministro, Shinzo Abe, e pelo BoJ, ambos em luta constante para elevar estímulos num passado recente para salvar a campanha que visa a gerar uma inflação estável de 2% ao ano.
*A tabela com os dados completos pode ser conferida no site do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações.
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