O principal indicador da inflação ao consumidor no Japão, ou seja, o núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), subiu pelo nono mês consecutivo em setembro em termos anualizados, mas o ritmo de crescimento desacelerou em relação ao mês anterior, segundo dados preliminares divulgados pelo governo do país, sinalizando que a economia japonesa está em progresso instável de crescimento, o que mostra as dificuldades do Banco do Japão (BoJ, o banco central japonês) em atingir sua meta de inflação estável de 2% ao ano.
De acordo com os números divulgados na última sexta-feira (27) pelo Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações do Japão, o núcleo do índice nacional de preços ao consumidor, que inclui produtos derivados de petróleo (energia), mas exclui os preços voláteis de alimentos frescos, subiu 0,7% em setembro ante o mesmo mês do ano anterior, abaixo da expectativa de 0,8%.
Na comparação mensal, o núcleo não sofreu alteração e situou-se em 100,3 pontos contra uma base de 100 estabelecida em 2015.
Em relação ao índice do núcleo que elimina tanto o efeito de alimentos frescos como o de energia, os preços ao consumidor subiram 0,2% em setembro ante um ano atrás, mesmo resultado do mês anterior. Na comparação mensal, o índice também ficou estagnado e situou-se em 100,8 pontos.
O ministério destacou que a inflação em setembro deveu-se principalmente à alta nos custos da energia, que foi parcialmente compensada pela queda nas contas de telefonia celular.
Segundo a agência de notícias Reuters, esse resultado é outro sinal de que as empresas ainda hesitam em elevar os preços por temores de estagnar a frágil recuperação no consumo privado.
Já o núcleo dos preços ao consumidor em Tóquio, disponível um mês antes dos dados nacionais e, portanto, considerado um termômetro para a inflação no resto do país, subiu 0,6% em setembro ante o mesmo mês do ano anterior.
Na comparação mensal, o núcleo em Tóquio cresceu 1% e situou-se em 100.3 pontos.
Do Mundo-Nipo
*A tabela com os dados completos pode ser conferida no site do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações.
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