Líderes empresariais e sindicalistas do Japão iniciaram esta semana as negociações salariais da primavera, nas quais o foco está na possibilidade ou não de os trabalhadores receberem aumentos significativos, bem como as conversações sobre o futuro das práticas empregatícias no Japão.
Rikio Kozu, presidente da Confederação dos Sindicatos Japoneses, denominada Rengo, se reuniu com Hiroaki Nakanishi, presidente-executivo da Federação de Negócios do Japão, a Keidanren.
Kozu afirmou que nem todos têm se beneficiado de uma recente onda de aumentos salariais, e pediu esforços para ampliar o nível geral dos salários e reduzir as diferenças de remuneração.
Nakanishi, da Keidanren, disse que o nível salarial no Japão não é necessariamente alto se comparado com outras economias avançadas.
Mediante isso, ele concordou com Kozu sobre a importância de manter o ritmo do aumento nas remunerações. Entretanto, ambos os lados diferiram sobre os detalhes.
A Rengo quer uma aumento da base salarial na ordem de 2% para reduzir a disparidade salarial entre os trabalhadores. Enquanto isso, a Keidanren disse que cada companhia vai lidar com a questão conforme suas próprias circunstâncias.
A federação de negócios também sugere uma revisão das práticas empregatícias japonesas, tal como salários baseados em senioridade, uma prática que chamou de “ultrapassadas”.
Contudo, líderes trabalhistas se opõem a quaisquer mudanças nesse sentido, dizendo que reformas não vão resolver a crescente desigualdade e outros problemas salariais no Japão.
De acordo com a NHK News, canal online de notícias da emissora estatal NHK, as negociações devem se intensificar em meados de fevereiro, quando as grandes empresas do Japão iniciam as conversações com os sindicatos trabalhistas locais.
Mundo-Nipo.com (MN)
Fonte: NHK News.
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