O Senado julgou nesta quarta-feira (31) Dilma Rousseff culpada por cometer crimes fiscais quando estava no cargo da Presidência da República, em votação que teve 61 votos a favor e 20 contra o impeachment, configurando assim o afastamento definitivo de Dilma do cargo de presidente do Brasil, após um processo que se iniciou em dezembro do ano passado.
Nas horas anteriores à votação, membros do Partido dos Trabalhadores (PT) e aliados de Dilma esperavam por um revés. O discurso de defesa da petista não foi capaz de mudar o voto de um número suficiente de senadores.
A votação interrompe um longo período de governo federal sob o comando do PT. Este era o quarto mandato consecutivo do partido – dois de Luiz Inácio Lula da Silva (de 2003 a 2010) e dois de Dilma (de 2011 a 2016).
Com a decisão, o vice-presidente e atual presidente interino Michel Temer assumirá a presidência de forma definitiva e oficial ainda hoje.
Julgamento de impeachment é dividido em duas sessões
O impeachment de Dilma Rousseff e a perda de direitos políticos por oito anos foi dividido em duas votações separadas. A decisão foi tomada por volta do meio dia pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que conduz o julgamento final. Com isso, a votação sobre os direitos políticos de Dilma será julgado inda hoje.
O pedido para a mudança na estrutura do julgamento partiu dos aliados de Dilma, que estão preocupados com o futuro profissional da petista. Segundo interlocutores, ela pretende dar aulas em faculdades públicas.
Se a decisão fosse tomada em uma única votação, além do mandato, Dilma perderia o direito para exercer qualquer cargo público (eletivo ou não) por até oito anos.
Fontes: Exame .com | Jornal Estadão.
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