Com o objetivo de investir fortemente em armamento pesado, incluindo um sistema anti-mísseis, o Ministério de Defesa do Japão solicitou ao Governo Central e ao Parlamento do país um orçamento recorde de US$ 47 bilhões em 2019.
A justificativa da pasta está na ameaça ainda presente, na visão dos militares japoneses, de ataques da Coreia do Norte e da atividade aérea e naval da China.
O valor requisitado ao gabinete do primeiro-ministro, Shinzo Abe, e ao Parlamento representa um aumento de 2,1% em relação ao orçamento de defesa do ano passado. Segundo o jornal The Guardian, Abe aprovou aumentos consecutivos nos gastos militares nos últimos sete anos.
“O ambiente de segurança ao redor do Japão se tornou mais grave e incerto em um ritmo muito mais rápido do que o antecipado cinco anos atrás, quando nós definimos as atuais diretrizes”, afirmou Abe na quarta-feira (29).
Somente para a aquisição de dois sistemas de defesa Aegis contra mísseis, o orçamento prevê despesas de 3,8 bilhões de dólares — duas vezes e meia mais do que os gastos de 2017. O Ministério da Defesa pretende ainda comprar o míssel interceptador SM-3 Block IIA, desenvolvido conjuntamente pelo Japão e pelos Estados Unidos.
Também está prevista a atualização dos caças F-15 e as compras de seis F-35, além de navios adaptados para o lançamento de mísseis. Os militares pretendem reservar 830 milhões de dólares para projetos contra ciberataques.
As aquisições de material bélico dos Estados Unidos em 2019, conforme o projeto de orçamento militar, deverão crescer 70%. Será um fator importante para aliviar as queixas de Washington sobre seu déficit comercial com o Japão e para evitar novas medidas restritivas à importação americana de produtos japoneses.
Desde 2016, a Coreia do Norte testou centenas mísseis capazes de atingir o Japão. Em seu relatório ao gabinete e ao Parlamento, o Ministério da Defesa alega que Pyongyang desenvolveu ogivas nucleares em miniatura para serem acopladas aos seus mísseis e que a China tem modernizado seus equipamentos militares. Japão e China disputam ilhas no Mar da China.
Fonte: Veja Online com informações das agências AFP e Reuters.
Descubra mais sobre Mundo-Nipo
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.