Do Mundo-Nipo
Enquanto o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, prometeu fortalecer a presença das mulheres no mercado trabalho, o país continua a se classificar mal no número de parlamentares do sexo feminino, ficando em 127º lugar na pesquisa global sobre a participação de mulheres na política, divulgado na última terça-feira.
O número de mulheres na Câmara dos Deputados (no caso do Japão, na Câmara Baixa) é o parâmetro de avaliação da Inter-Parliamentary Union (IPU, organização internacional dos parlamentos dos Estados Soberanos), que trabalhou em conjunto com a ONU Mulheres, Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres.
IPU e ONU Mulheres compilaram o ranking de participação das “Mulheres na Política 2014” usando como base dados referentes até 1º de janeiro deste ano. Compilado por ano, o ranking acompanha o progresso político das mulheres em 148 países.
No Japão, a participação das mulheres compreende apenas 8,1 por cento dos parlamentares na Câmara Baixa. A 127ª colocação é pior do que no ano anterior, quando o país ficou em 122ª lugar.
Ruanda lidera o mundo com o maior percentual de mulheres parlamentares – com mais de 63 por cento representados em sua Câmara de Deputados. Enquanto os Estados Unidos ocupa um discreto 83º lugar.
Entre os vizinhos mais próximos do Japão, a China ficou na 61ª colocação, com a Coreia do Sul em 91º lugar, seguido pela Coreia do Norte, na 92ª posição.
Em um relatório separado da IPU, “Mulheres no Parlamento em 2013”, a região asiática foi descrita como tendo um “progresso atrofiado”. A organização destacou que a região não registrou progresso algum em 2013. Em geral, a participação média das mulheres nos assentos parlamentares na Ásia foi de apenas 18,4 por cento.
No Brasil, as mulheres ocupam apenas 44 (ou 8,6%) das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados, número que deixou o país na 124ª colocação.
Com isso, Japão e Brasil hoje aparecem atrás de países como Mali, internacionalmente conhecido pela prática da mutilação genital feminina. A nação africana possuiu 14 mulheres entre os 145 parlamentares – ou seja, elas ocupam 9,5% do congresso, 1,4 ponto porcentual acima da estatística japonesa e 0,9 ponto percentual acima da brasileira.
Em todo o mundo, no entanto, o ano de 2013 quebrou recordes anteriores de participação parlamentar feminina, com a percentagem de lugares ocupados subindo para 21,8 por cento.
(Do Mundo-Nipo, com a Agência Kyodo)
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