Um pequeno vilarejo no sul do Japão tornou-se famoso após o número de bonecos em tamanho natural superar a população humana local.
Situado na ilha de Shikoku, a menor das quatro principais ilhas do Japão, Iya é considerado um dos “Três Vales Escondidos” do país, e é nele que se encontra, mais escondido ainda, o pequeno vilarejo de Nagoro e sua população de apenas 51 pessoas, segundo dados até julho deste ano. O pequeno vilarejo, porém, também é o lar de um tipo único de habitantes: mais de 150 bonecos que se assemelham em tamanho e aparência aos antigos moradores.
Cada boneco é feito em tamanho real e representa uma pessoa nascida em Nagoro, mas que tenha se mudado ou falecido.
Os bonecos são feitos por uma antiga residente, Mizuki Ayona, que usa palha, trapos e roupas velhas como principais matérias primas de sua arte. Os moradores “inanimados” ficam espalhados por todo o vilarejo, colocados em posições que aparentam pessoas em seu cotidiano, como um que fica sentado no interior de uma escola, atualmente abandonada depois da morte de sua última estudante.
Uma fila de bonecos pode ser vista no ponto de ônibus, enquanto outros estão em pé nos portões das casas ou no interior de estabelecimentos comerciais. Há também bonecos que representam “agricultores”, colocados ao lado de feixes de palha. Muitos residentes “idosos”, que já faleceram, são representados por bonecos sentados em suas varandas como se estivessem conversando ou simplesmente contemplando a vida.
A Toursgallery.com, uma pequena agência de turismo no Japão, oferece excursões para Nagoro.
“O vilarejo é um daqueles lugares que são muito difíceis de chegar, e estamos prevendo, infelizmente, que o vilarejo irá ficar abandonado nos próximos quatro anos, com os pouco mais de 50 habitantes se mudando ou falecendo”, disse o diretor da agência, Ken Osetroff, que destacou sobre o fato de Nagoro não poder se encontrado em nenhum mapa.
“Uma senhora é que faz os bonecos, já que não se têm muito a fazer na cidade. Estas figuras um tanto realistas podem ser vistas nos campos, casas, escolas, comércio e outros locais onde as pessoas que elas representam viveram e trabalharam”, acrescentou Osetroff.
Do Mundo-Nipo.com
Fonte: Tokyo Times | Asahi Shimbun.
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