Os 5 principais templos e santuários japoneses no Brasil

Detentor mundial da maior comunidade japonesa fora do Japão, o Brasil também possui construções de templos e santuários japoneses.
Torre Miroku no Brasil | ©Eduardo B.

Atualizado em 09/06/2024

Conhecer novas culturas é sempre satisfatório, principalmente se puder conhecer indo ao lugar de origem. O Brasil é um desses lugares que, desde sua fundação como nação, foi se formando ao longo dos séculos com imigrantes vindos de todos os continentes, cada qual com sua peculiaridade, o que ajudou na construção da diversificada cultura brasileira.

Uma das peculiaridades no país é a arquitetura, que é influenciada por vários povos, principalmente os europeus. Mas algumas influências arquitetônicas estrangeiras são menos populares, como é o caso da japonesa.

A maioria dos brasileiros nem imagina que o Brasil possui alguns templos e santuários japoneses espalhados por seu território, principalmente nas regiões sul e sudeste.

Um desses fantásticos templos fica em Ubatuba, cidade localizada no extremo norte do Litoral Paulista.

Procurar uma pousada em Ubatuba para conhecer a cultura local é algo bem interessante, já que lá os viajantes encontram uma linda cidade e conseguem entender um pouco mais da cultura japonesa sem precisar cruzar os oceanos.

A grande vantagem de conhecer um templo japonês em Ubatuba é que além de aprender muito, também é possível descansar em uma linda região de praias. Além disso, conseguir um quarto para ficar é bem simples, é só ir em sites de reserva como este e escolher a pousada ideal para aproveitar a viagem.

Além desse destino em Ilhabela, os turistas encontram muito da cultura brasileira, que assim como Ubatuba, também está em uma linda região de praias.

Praia do Eustáquio na Ilhabela | Foto: Ilhabela.com.br
Praia do Eustáquio na Ilhabela | Foto: Ilhabela.com.br

Se hospedar em uma pousada na Ilhabela para curtir férias é simples, sem contar que a ilha fica próxima de Ubatuba, sendo possível chegar ao local em aproximadamente 3 horas com uma pequena viagem de carro. Escolher uma pousada em Ilhabela também é bem fácil: é só ir em sites de reserva e escolher a que mais agradar.

Além desses dois locais para conhecer melhor a cultura japonesa em solo brasileiro, há outras localidades que abrigam templo e santuários fantásticos, todos em São Paulo.

Veja os 5 principais templos e santuários japoneses no Brasil

Geralmente, os templos e santuários japoneses estão relacionados à religião, portanto, é muito provável estar visitando um sem saber, uma vez que a maioria dos templos budistas e santuários no Brasil são, na verdade, japoneses. Alguns deles são muito frequentados e, para os que têm curiosidade sobre a cultura do País do Sol Nascente, vale muito a pena conhecer todos esses templos aqui mesmo no Brasil.

Templo Kinkaku-Ji

Esse é, provavelmente, o templo mais tradicional do Japão no Brasil. O Kinkaku-ji brasileiro é uma réplica quase que perfeita do templo Kinkaku-ji japonês, de mesmo nome, construído no século XIV e situado em Kyoto, ou Quioto, no centro do Japão.

Templo Kinkaku-ji do Brasil | Foto: Media Commons / Sturm
Templo Kinkaku-ji do Brasil | Foto: Media Commons / Sturm

O Kinkaku-ji (em japonês 金閣寺, Templo do Pavilhão Dourado) é também chamado de Rokuon-ji. Todo o pavilhão, exceto o rés-de-chão, é coberto de folha de “ouro puro”, enquanto no telhado do pavilhão está uma fenghuang dourada.

Assim como seu modelo original no Japão, o Kinkaku-ji brasileiro é dourado e também entornado por um lago povoado por carpas coloridas (koi em japonês). Ele está localizado no município de Itapecerica da Serra, a trinta e três quilômetros da capital de São Paulo.

Para quem não consegue sair do Brasil para conhecer a cultura japonesa, ir até o templo do Pavilhão Dourado é um ótimo passeio, já que o templo é, de fato, semelhante ao que existe no Japão. Até mesmo a madeira, o brilho e o cuidado com a conservação é fiel ao do templo em Kyoto e, com certeza, vale muito a pena conhecer esse maravilhoso templo em São Paulo. Ele abre sempre aos sábados, a partir das nove da manhã.

Torre de Miroku

Localizado no interior de São Paulo, este é a réplica totalmente fiel da Torre de Miroku original japonesa, que está localizada no Templo Horyu-Ji, na cidade de Ikaruga, província de Nara. Ela é listada como Patrimônio Mundial da Unesco. O nome original do templo é Horyu Gakumonji, ou Templo da Lei fluorescente.

Torre Miroku em Ribeirão Pires | Foto: Ricardo Becker
Torre Miroku em Ribeirão Pires | Foto: Ricardo Becker

Erguida a partir do encaixe em madeira durante mais de 12 anos de obras, a réplica da Torre Miroku foi concluída em 2018, na cidade de Ribeirão Pires, na Região Metropolitana de São Paulo, localizada a apenas 40 quilômetros de distância da capital paulista.

A Torre de Miroku em Ribeirão Pires tem 32 metros, e foi totalmente erguida com a milenar técnica japonesa de construção em madeira, que é capaz de levantar monumentos de muitos andares sem utilizar um único prego ou parafuso.

A técnica japonesa de encaixe em madeira há séculos intriga e encanta projetistas e amantes da arquitetura mundo afora e, apesar de ser complicada, ela foi muito bem aplicada na construção da Torre de Miroku em Ribeirão Pires.

Na área de 75 mil m² onde a torre está localizada ainda foram construídas uma capela (Okunoim), um espaço reservado para a imagem de Nossa Senhora Aparecida e uma área dedicada a São João Batista, santo padroeiro do Japão. O espaço também conta com jardim Zen, “minicachoeira” e lago com carpas.

A réplica brasileira da torre é perfeita! Vale a pena fazer uma reserva para conhecer a torre em Ribeirão Pires, que é a única réplica no mundo, em tamanho natural, da Torre de Miroku.

Templo Nambei Higashi Honganji

Este é um templo budista localizado no Jardim Chapadão, na cidade de Campinas, em São Paulo. Sua arquitetura e cultura predominante é a japonesa. Este templo possui paisagens perfeitas para tirar fotos, como o belíssimo lago de carpas e uma ponte com vegetação parecida com a do Japão.

Templo Budista Nambei Higashi Honganji | Foto: Prefeitura de Campinas
No templo são realizados estudos e práticas dos ensinamentos budista, além de artes marciais tradicionais do Japão | Foto: Prefeitura de Campinas

Além disso, os visitantes podem aprender um pouco mais sobre o budismo e artes marciais tradicionais japonesas, além de saborear a culinária japonesa original.

No templo são realizados estudos e práticas dos ensinamentos budista da Escola Jodo Shinshu – Budismo Shin – Terra Pura. Também são ministrados aulas de Judô, Ninjutsu e Bujutsu.

De acordo com o site oficial do Nambei Higashi Honganji, o templo é aberto ao público todo segundo domingo do mês, com início às 11h da manhã.

Santuário Hoozo da doutrina Seicho-No-Ie do Brasil

Este não é um templo e sim um santuário que funciona na sede da Seicho-No-Ie no Brasil. A doutrina preza pelo cuidado com a natureza e é toda pautada na cultura japonesa.

Santuário Hoozo | Foto: Reprodução / Luiz Setti
Santuário Hoozo | Foto: Reprodução / Luiz Setti

Localizado em Ibiúna, município na Região Metropolitana de Sorocaba, em São Paulo, o local, que faz parte das dependências da Academia de Ibiúna da Seicho-No-Ie Do Brasil, realiza mais de 40 eventos anuais e recebe acima de 30 mil pessoas em suas amplas dependências.

São quatro salões, e o maior deles tem capacidade para mais de 1000 participantes. A Academia abriga o belíssimo Santuário Hozo do Brasil, todo construído com arquitetura tradicional dos santuários japoneses.

Um grande portão Torii vermelho guarda a entrada para o santuário. Depois de passar pelo torii, o visitante tem que subir uma escadaria até chegar no imponente Santuário Hozo.

Grande portão torii vermelho do Santuario Hozo | Foto: Reprodução / MAPAS TUR ON
Grande portão torii vermelho do Santuario Hozo | Foto: Reprodução / MAPAS TUR ON

A Academia de Ibiúna abriga ainda um templo de orações e mais um grande portão torii, de acordo com o site oficial da Seicho-No-Ie no Brasil.

O visitante tem muito o que ver e fazer nesse belíssimo local, além de  conhecer essa relativamente nova religião do Japão, bem como ter contato com muitas pessoas com ascendência japonesa.

Kaminoya Iwatoyama – Daijingu do Brasil

Kaminoya Iwatoyama, está localizada em Arujá, município da Região Metropolitana de São Paulo. A entrada é guardada por um grande portão torii branco, que antecipa as escadarias até chegar à sede de Kominoya, cuja arquitetura é inspirada nos tradicionais santuários japoneses, e onde é celebrado vários eventos religiosos.

Grande portão torii branco guarda a entrada do Santuário Kaminoya
Grande portão torii branco guarda a entrada do Santuário Kaminoya | Reprodução / Google Photos

O belíssimo local é chamado tanto de templo como de santuário, porém, há uma grande diferença entre esses dois nomes para os japoneses, uma vez que templo é onde se cultua o Budismo, enquanto santuário é parte da crença xintoísta, religião originária do Japão, cujo segmento é politeísta, ou seja, que crê em vários deuses, bem como contempla a energia e a força da natureza, além de reverenciar a memória dos ancestrais.

Segundo o Wikimapia, o “Santuário” Kaminoya também é chamado de Igreja Brasil Daí-Jingu ou Igreja Daijingu do Brasil. Diz-se que o local venera a divindade do Santuário de Ise, no Japão, o que não é comprovado, uma vez que o local está fechado ao público temporariamente.

Também chamado de Grande Templo do Brasil, o templo, ou santuário, ficou pronto em 1967, quando foi fundado em São Paulo pela Mestra Tachibana (nome real – Suzuko Morishita), tendo como atual sucessor o Bispo Tamotsu Sato.

Em 1966 foi escolhido o município de Arujá como sede por possuir um excelente clima e uma paisagem aprazível com águas límpidas e correntes.

No Grande Templo do Brasil são comemorados vários eventos: Seijinshiki (janeiro), Oomatsuri (abril), Jizomatsuri (junho), Kurum-Harai (julho), Ise Kotaijingu Oomatsuri (setembro), Ochibafunmi-Matsuri (novembro) e Toshikoshi-matsuri (dezembro). Nesses dias reúnem-se inúmeros adeptos de todo o Brasil.

Templo ou Santuário?

No Japão, os santuários são construídos para servir à tradição religiosa xintoísta e são caracterizados por um portão Torii em suas entradas.

Por sua vez, os templos são construídos para servir à tradição religiosa budista e são caracterizados por um portão Sanmon em suas entradas.


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