Turismo no Japão: dicas de roteiros, locomoção e muito mais

Veja dicas sobre os melhores passeios, restaurantes e locais que não podem ser deixados de visitar em uma viagem ao Japão.
Turismo no Japao Foto PIMCO
Foto: PIMCO Travel

Atualizado em 17/01/2018


Descrever o Japão como a “Terra do Sol Nascente”, onde tradições milenares convivem com a mais alta tecnologia é uma visão simplista demais para a magnitude do pais. A terceira maior economia do mundo tem muito mais a oferecer do que robôs, sushi e samurais.

Tóquio é a “super-megalópole” mais limpa e organizada do planeta, com a mais alta concentração de excelentes restaurantes que podem ser classificados como os melhores do mundo. Não estamos falando só de sashimi ou da culinária local, mas casas que oferecem pratos italianos e franceses que não se encontraria em Bolonha ou Paris. Ao seu redor estão passeios imperdíveis.

Tomando o trem-bala, opte por vistas espetaculares do Monte Fuji ou dos incríveis Alpes Japoneses, perfeitos para caminhadas idílicas ou ótimas pistas de esqui. A região de Kansai, onde se localizam as cidades de Kyoto, Osaka e Nara, é o lar cultural do Japão, com os mais notáveis templos, palácios e castelos do país. Por ali você ficará cara a cara com a cerimônia do chá, a meditação budista, as gueixas e o kaiseki – o banquete no estilo japonês. Rumo ao sul, compreenda a razão pela qual Hiroshima é um símbolo da paz e descubra o Japão tropical nas praias paradisíacas banhadas pelas águas azuis de Okinawa.

Tomando o caminho do norte, paisagens selvagens e montanhosas são os destaques. Em todas as estações do ano Hokkaido seduz seus visitantes, ora com tapetes sem fim de lavandas em flor, ora recebendo esquiadores de todo mundo em super resorts como Furano e Niseko.

Se seu negócio são compras, longe dos óbvios eletrônicos está uma miríade de opções que faz pessoas passarem dias inteiros dentro das lojas de departamento. De uma simples papelaria a um charmoso quiosque gourmet, de bolsas de design exclusivo a instrumentos musicais – o Japão pode deixar qualquer turista completamente exausto com tantas alternativas. Isso para não falar da gastronomia, que do tradicional ao fusion combinou receitas nativas com importações da Ásia e Europa para criar uma cozinha bela, saborosa e, mais importante do que nunca, nutritiva.

SUGESTÃO DE ROTEIRO
Ficar menos de dez dias no Japão é um sacrilégio. Reserve cinco dias para conhecer Tóquio e arredores, visitando Nikko e Kamakura. Num ritmo calmo e sem exagerar no número de templos, Kyoto pede três dias de imersão na cultura japonesa. Ótimos passeios próximos à cidade estão em Nara e Osaka. Rumo ao oeste, não deixe de visitar o castelo de Himeji e a cidade de Hiroshima. Para quem tiver alguns dias de sobra, visite a pequena e charmosa Takayama. Se vier no inverno, a ilha de Hokkaido, ao norte, e os Alpes Japoneses, ao centro, possuem algumas das melhores e mais bem estruturadas pistas de esqui. Ambas já sediaram os jogos olímpicos de inverno, em 1972 e 1998.

EXPERIÊNCIAS OBRIGATÓRIAS
• Hospedar-se em um ryokan e dormir em um futon sobre esteiras tatami. Para os bravos, tente também um hotel-cápsula;

• Banhar-se numa piscina térmica de um spa ou onsen;

• Provar os seguintes pratos: sushi em Tóquio, lamen em Sapporo e Fukuoka, enguia em Shizuoka, okonomiyaki em Hiroshima e Osaka, sobá em Okinawa e Nagano e o banquete kaiseki em Kyoto;

• Assistir a uma peça de teatro kabuki ou um dia de lutas de sumô;

• Ver o Monte Fuji (no verão ele não tem neve);

• Esquiar em pistas de alto nível em Niseko, Furano ou Hakuba;

• Conhecer pequenas cidades históricas como Takayama, Nikko, Kamakura e Kanazawa.

COMO CIRCULAR
As principais cidades do Japão são servidas por uma moderna, confortável e pontual malha ferroviária, uma das melhores e mais convenientes do planeta, que operam de trens locais ao famoso shinkansen, o trem bala. Considere adquirir o Japan Rail Pass, que dá direito a viagens ilimitadas dentro de períodos de 7, 14 e 21 dias. Boa parte das estações possuem indicações em inglês. Um site interessante para programar sua viagem baseando-se nos horários dos trens é Hyperdia.

Para destinos mais distantes há companhias aéreas como a ANAJapan Airlines e Skymark, que voam para aeroportos como os de Sapporo, Haneda, Narita, Nagoya, Kansai, Fukuoka e Naha. Para cobrir longas distâncias querendo economizar, considere os serviços de trens e ônibus noturnos.

ONDE FICAR
A alternativa mais óbvia e conveniente é se hospedar em bons e confortáveis hotéis de redes internacionais, sempre com excelente serviço, opção de café da manhã ocidental e staff fluente em idiomas estrangeiros (principalmente o inglês). Muitos localizam-se próximos à estações ferroviárias. Se, no entanto, quiser uma experiência diferenciada, considere passar pelo menos uma noite em um requintado e tradicionalíssimo ryokan, dormindo em um sanduíche de futons sobre as tradicionalíssimas esteiras tatami. Os melhores ainda servem banquetes tradicionais no desjejum e no jantar. Aos hóspedes são fornecidos quimonos de algodão para dormir. As diárias custam mais do que a média, mas definitivamente vale a pena.

Igualmente especial é a oportunidade de ficar em minshukus, hospedagens familiares, e se envolver em uma atmosfera mais informal e se aproximar mais do cotidiano local. Albergues da juventude são bem equipados e são uma opção barata para jovens, mochileiros e grupos. Já os famosos hotéis-cápsula variam dos convenientes e bem equipados aos bem defasados. Vale mais pela curiosidade.

Lembre-se que boa parte dos hotéis japoneses oferecem café da manhã oriental, ou seja, você ser surpreendido com uma farta mesa com arroz, legumes, sopa, peixe grelhado e ovos. E nada de café ou pãezinhos à vista. Informe-se com antecedência. Um site interessante para programar viagens e conseguir descontos em hotéis/ryokan é o TrapAdvisor.

O QUE COMER
Os paladares ocidentais estão familiarizados com sushis e sashimis, baseados em cortes de peixe crú. No entanto, existe uma infinidade de bons pratos e restaurantes, para todos os tipos de paladares. Para os que não curtem muito a gastronomia japonesa, saiba que aqui encontram-se algumas das melhores casas de cozinha francesa e italiana do mundo, com chefs, sommeliers e patissers premiados. Pães e chocolates locais certamente o surpreenderão. Para os que estão com o orçamento curto, redes de fast-food são facilmente encontráveis até em pequenas cidades.

Para foodies e gulosos, o Japão oferece uma miríade de pratos regionais. Muitos têm origem chinesa como os conhecidos yakisoba (macarrão frito), guioza (um pastelzinho grelhado, cozido ou frito) e chahan (arroz primavera). Experimente especialidades locais como o okinawa steak (uma delicada carne grelhada), o fugu (sashimi de baiacu, um peixe venenoso), os sorvetes de Hokkaido (onde há excelentes frutas e leite), a enguia de Yanagawa ou os diferentes tipos de macarrão: bifun, udon, soba e lamen (os de Hakata e Sapporo, de porco e pasta de soja, são os melhores).

ENDEREÇOS NO JAPÃO
Achar um endereço no Japão pode ser bem complicado. Nem todas as ruas têm nome, algo reservado somente para grandes avenidas. Um exemplo: o endereço do restaurante Hatanaka de Tóquio é 2-21-10 Azabu Juban, Minato-ku. Isso significa que ele fica na zona Minato, no bairro Azabu Juban, na casa 10, do quarteirão 21, do quadrilátero 2. Até para explicar fica difícil. Para achar um estabelecimento é fundamental possuir um bom mapa (ou serviço de GPS, daí a importância da geolocalização do viajeaqui), pedir ajudar aos pedestres ou ao pessoal de seu hotel. No final, é uma boa desculpa para bater papo com os locais e todo mundo encontra seu caminho.

QUANDO IR
Depende muito do que você deseja fazer. O inverno (de dezembro a março), é muito bacana para esquiar e visitar hotéis e pousadas localizadas em spas de águas termais. Esta é a quintesssência da arte de hospedar no Japão, com refeições muito elaboradas, banhos relaxantes e quartos bem decorados. O período entre o fim de março e o começo de maio (com pico nas primeiras semanas de abril) é a época da floração das cerejeiras. Há muitas festas nas ruas, com executivos e estudantes lotando os parques para fazer piqueniques depois do expediente. O verão (junho a agosto) costuma ser muito quente e chove bastante. Em termos de clima, é bem ruim, mas é exatamente nesta época que os principais festivais do país ocorrem, como o Gion Matsuri (Kyoto), Nebuta (Aomori), Grande Festival de Fogos de Nagaoka (Niigata), Hakata Gion Yamakasa (Fukuoka) e Kanto Matsuri (Akita). As escaladas ao Monte Fuji e nos Alpes Japoneses também estão bastante concorridas nestes meses. O outono é muito agradável, principalmente em novembro, quando bosques e jardins ganham tons de vermelho, amarelo e laranja. Alguns dos melhores locais para apreciar a paisagem do período são templos, castelos e parques em Kanazawa, Kyoto, Nikko, Takayama e nas províncias de Nagano, Yamagata, Fukushima e Miyagi.

COMPRAS
O Japão é o paraíso dos gadgets eletrônicos. Sim, smartphones, tablets, notebooks, games, e tantos outros tipos de eletrônicos continuam por lá, com design e qualidade alucinantes. O local ideal para fazer esse tipo de compras é no Bairro Akihabara, em Tóquio, que é considerado o local mais nerd do mundo, um paraíso para os aficionados por produtos eletrônicos e pela cultura J-pop (cultura popular japonesa), principalmente animes e mangás (desenhos animados e revistas em quadrinhos).

Além disso, Japão tem sido um país propício para compras. Com a contínua estagnação econômica, o mercado japonês voltou-se para um tipo de consumo que combina preços baixos, bom desenho e durabilidade, uma regra vista em novos ícones do mercado, como a grife de roupas Uniqlo e as lojas de produtos variados Muji (literalmente, “sem marca”). Entre e resista à tentação de levar boa parte do estoque.

Quem viaja com crianças achará ótimas casas especializadas em brinquedos ultramodernos e com tecnologia de ponta, ou os mais simples como brinquedos de personagens dos famosos animes japoneses.

Suvenires de última hora podem ser cerâmicas, hashis, leques e ótimos cosméticos de marcas como Kanebo, Astalift e Shisheido.

Fontes: Revista “Viagem Aqui”, da Editora Abril | Jornal japonês The Asahi Shimbun |  TrapAdvisor.

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