Crescimento do Japão vai desacelerar em 2014, diz Banco Mundial

O crescimento do Japão “vai desacelerar” para 1,3%.

Do Mundo-Nipo com Agências

O Banco Mundial reduziu a sua projeção de crescimento global em 2014, alegando que uma confluência de eventos, da crise na Ucrânia ao clima excepcionalmente frio nos Estados Unidos, prejudicou a expansão econômica no primeiro semestre do ano. A entidade também projeta desaceleração no crescimento do Japão, levando em consideração o impacto do primeiro aumento no imposto sobre vendas no país em 17 anos.

A entidade divulgou seu relatório, chamado Perspectivas Econômicas Globais, na terça-feira (10). Segundo o documento, espera-se que a economia global cresça 2,8% neste ano. Trata-se de um recuo de 0,4 ponto percentual em relação à projeção de crescimento de 3,2% divulgada em janeiro.

Entretanto, a instituição de combate à pobreza expressou confiança de que a atividade já está mudando de rumo para uma base mais sólida, mas alerta que os países em desenvolvimento terão uma expansão “desapontadora” neste ano, e cortou para 4,8% a previsão de crescimento dessas economias em 2014, ante projeção anterior de 5,3%.

No seu relatório, que é  divulgado duas vezes ao ano, o Banco Mundial afirmou que as tensões entre a Ucrânia e a Rússia prejudicaram a confiança em todo o mundo. A entidade também reduziu a sua previsão de crescimento dos Estados Unidos para 2,1%, ante 2,8%, levando em conta o impacto do clima adverso que fez com que a economia americana encolhesse no primeiro trimestre do ano.

Para o Banco Mundial, o crescimento do Japão “vai desacelerar”, de 1,5%, registrado em 2013, para 1,3%. Segundo a entidade, isso se deve ao impacto provocado pelo aumento do imposto sobre o consumo, em abril.

O Banco Mundial espera que o crescimento acelere mais para o fim do ano, já que as economias mais ricas continuam a se recuperar. A entidade manteve as suas previsões de crescimento global para os dois próximos anos, em 3,4% e 3,5%, respectivamente.

As estimativas pressupõem que as tensões na Ucrânia irão persistir neste ano, mas não piorar. Uma escalada na crise poderia abalar ainda mais a confiança global, levando empresas a adiar investimentos e reduzindo o crescimento em economias em desenvolvimento em até 1,4 ponto percentual no pior dos casos, de acordo com o banco.

Confira o relatório completo das Perspectivas Econômicas Globais 2014 (em inglês).   

 


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