Bolsa de Tóquio fecha no pior nível em 3 semanas no 1º dia do ano fiscal japonês

A queda foi influenciada por dados ruins sobre a atividade industrial do país.

Do Mundo-Nipo com Agências

A Bolsa de Valores de Tóquio encerrou em baixa nesta quarta-feira (1), primeiro dia do ano fiscal no Japão, com os investidores temerosos com o ânimo dos empresários em meio a uma deterioração na atividade industrial do país, após a divulgação da pesquisa trimestral Tankan do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) sobre a confiança empresarial referente aos três meses encerrados em janeiro deste ano.

O desempenho de hoje no mercado acionário japonês também foi influenciado pelo dólar mais fraco, o que prejudica ações de empresas com atividades exportadoras.

O Nikkei 225, índice que reúne as empresas mais negociadas da bolsa japonesa, caiu 172,15 pontos, recuo de 0,90% ante o fechamento anterior, aos 19.034,84 pontos, após encerrar, na véspera, o mês de março com alta acumulada de 2,2% e fechar o trimestre janeiro-março com ganhos de 10,1%.

Já o indicador Topix, que agrupa os valores da primeira seção em Tóquio, teve baixa de 14,12 pontos, declínio de 0,92% ante o fechamento de terça-feira, terminando aos 1.528,99 pontos.

Apesar dos esforços do governo japonês em estimular a economia do país, a fraqueza do consumo e as pressões deflacionárias continuam pesando sobre o sentimento dos grandes fabricantes, que seguem cautelosos quanto às condições de negócios. Segundo o levantamento do banco central japonês, feito com milhares de companhias, o índice que mostra o humor dos grandes fabricantes estava em +12 em janeiro, inalterado em relação a dezembro. O número é resultado da subtração do porcentual de empresas que dizem que as condições para os negócios atuais são ruins do porcentual de entrevistados que avaliam as condições atuais positivamente.

Outro sinal de alerta veio do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Japão, que caiu para 50,3 em março, de 51,6 em fevereiro. O valor do mês passado atingiu o nível mais fraco em uma sequência de 10 meses de resultados acima de 50,0, o que continua a sinalizar expansão no setor, mas a um ritmo mais fraco.

Entre os principais perdedores, estavam papeis de empresas do setor farmacêutico, vidro, cerâmica e metais não ferrosos.

Contrariando a tendência de queda, a fabricante de componentes de máquinas Chiyoda Integre alavancou ganhos de 6,1%, depois de elevar sua previsão de lucro líquido a nível recorde para o atual ano fiscal.

(Com informações das Agências Estado e Kyodo)

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