Dólar recua, mas se mantém em R$ 2,26 e fecha semana com alta de mais de 1%

Na semana, a divisa acumulou valorização de 1,48%.

Do Mundo-Nipo com Agências

Depois de três pregões consecutivos de alta, o dólar fechou em queda ante o real nesta sexta-feira (1), um resultado que, no entanto, não impediu a moeda norte-americana de encerrar a semana em alta. A moeda EUA hoje passou por uma correção e caiu frente às principais moedas, após a divulgação do relatório de emprego nos Estados Unidos, que mostrou um número de criação de vagas em julho abaixo do esperado pelos analistas.

O dólar comercial encerrou o dia com desvalorização de 0,41%, cotado a R$ 2,2605 para a venda. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro continuou alto, em torno de US$ 1,7 bilhão.

Na semana, o dólar acumulou valorização de 1,48%. No mês de julho, encerrado na véspera, a moeda acumulou valorização de 2,71%.

A divisa dos EUA vinha oscilando entre R$ 2,20 a R$ 2,25, que agradaria ao Banco Central brasileiro por não ser inflacionário e não prejudicar as exportações, desde o início de abril, com pequenos períodos de exceção. Analistas, no entanto, acreditam que o dólar acima do teto informal de R$ 2,25 deve persistir por um tempo, não devendo voltar a níveis muito mais baixos tão cedo, conforme sinalizou a Agência Reuters.

No exterior, a moeda americana operava em queda frente às principais divisas. O gatilho para correção no mercado de câmbio foi a divulgação do número abaixo do esperado do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Segundo informou o jornal ‘Valor Online’, foram criadas 209 mil vagas em julho, inferior à projeção dos analistas, que esperavam a criação de 230 postos de trabalho. Além disso, a taxa de desemprego subiu de 6,1% para 6,2%, contra estimativa de estabilidade.

O índice de atividade industrial do Instituto para gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) também veio abaixo do esperado pelo mercado, mostrando um avanço de 55,3 pontos em junho, contra um índice de 56 pontos previsto pelos analistas.

O dólar caía 0,20% em relação ao dólar australiano, 0,32% diante do rand sul-africano e 0,45% frente à lira turca.

O calote “seletivo” da Argentina também segue no radar dos investidores. Após o fracasso da negociação do governo argentino com os fundos “holdouts”, como vem sendo chamado o grupo de investidores que não participaram da reestruturação da dívida externa argentina em 2005 e 2010, o governo argentino tenta chegar a um novo acordo com os investidores, que pode envolver a negociação com bancos estrangeiros.

No Brasil, investidores aproveitaram a oportunidade para realizar lucros após o dólar bater em R$ 2,28 no intradia, primeira vez desde o início de junho e antes da divulgação dos dados de emprego nos EUA.

O mercado também aguarda o anúncio do início da rolagem do lote de US$ 10,07 bilhões em contratos de swap cambial que vence no início de setembro. Até agora, o Banco Central não se pronunciou sobre a renovação desses contratos.

Em julho, o BC liquidou cerca de US$ 2,81 bilhões do lote total de US$ 9,457 bilhões em swaps que venceu no fim do mês passado.

Pela manhã, a autoridade monetária deu continuidade às atuações diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps, com volume correspondente a US$ 198,7 milhões. Foram vendidos 3,5 mil contratos para 2 de fevereiro e 500 contratos para 1º de junho de 2015.

As informações das cotações de fechamento são fornecidas pelo Portal Financeiro Investing.com Brasil.

 


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