Dólar sobe após duas quedas seguidas e inicia o mês cotado a R$ 4

Na semana, o dólar acumula alta de 0,67%. No acumulado do ano, há valorização de 50,54%.

Do Mundo-Nipo com Agências

Depois de dois pregões consecutivos de queda, o dólar fechou em alta frente ao real nesta quinta-feira (1), iniciando o mês de outubro no patamar de R$ 4. Apesar da alta, o Banco Central não anunciou nenhum leilão adicional e realizou apenas a rolagem dos contratos de swap cambial, que equivalem a venda futura de dólares.

A moeda-norte-americana avançou 0,93%, cotada a R$ 4,0024 na venda, após cair mais de 2% na véspera. Na mínima da sessão, atingiu R$ 3,9378, na máxima, foi a R$ 4,0210.

Na semana, o dólar acumula alta de 0,67%. No acumulado do ano, há valorização de 50,54%. A moeda encerrou setembro com avanço de 9,33%. Foi o terceiro mês seguido de alta da divisa norte-americana frente ao real.

A notícia sobre o adiamento da avaliação dos vetos às pautas-bombas pelo Congresso e a expectativa em relação à reforma ministerial trouxeram maior cautela aos mercados, aumentando a incerteza sobre a aprovação das medidas de ajuste fiscal.

Apesar da alta do dólar, o Banco Central não anunciou nenhuma ação adicional, realizando apenas o leilão de rolagem. A autoridade monetária iniciou hoje a renovação do lote de US$ 10,278 bilhões em swaps cambiais que vence em novembro, rolando 10.275 contratos. Se mantiver o mesmo ritmo, o BC deverá renovar o lote integral de swaps cambiais que vence no início de outubro.

Em relatório, o Banco UBS analisa que, dado o efeito negativo de uma alta da taxa básica de juros sobre a dinâmica da dívida, o BC terá que contar com as intervenções no câmbio para controlar a volatilidade excessiva do mercado. “Com essa incerteza, o real continuará fraco e a inflação permanecerá alta”, aponta o banco.

Na ausência de um ambiente político no momento que permita entregar um ajuste fiscal, o banco aumentou a projeção para o dólar para R$ 4,20 no fim de 2015 (de R$ 3,70) e para R$ 4 no fim de 2016 (de R$ 3,6). O banco afirma que a depreciação adicional do real deve impactar a inflação de 2015 e 2016 e prevê um IPCA a 9,5% ao fim de 2015 e a 5,8% para 2016.

Fontes: Agência Valor | Agência Reuters.

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