Dólar cai 1,2% após passar de R$ 2,50, mas encerra a semana em alta de 1,9%

O dólar recuou no último pregão do mercado de câmbio brasileiro antes do primeiro turno das eleições.

Do Mundo-Nipo com Agências

O dólar fechou em queda frente ao real nesta sexta-feira (3) – último pregão no mercado de câmbio brasileiro antes do primeiro turno das eleições -, depois de ter superado a barreira de R$ 2,50 na máxima do dia com dados melhores que o esperado do mercado de trabalho nos Estados Unidos, mas recuou no fim do dia com o crescimento das apostas de que haverá segundo turno para a eleição presidencial.

O dólar encerrou as negociações de hoje com desvalorização de 1,2%, cotado a R$ 2,4618 na venda, depois de alcançar R$ 2,5078 na máxima da sessão, o maior valor desde 2008.

Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 3,3 bilhões de dólares, bem acima da média diária do mês passado, de US$ 1,5 bilhão, de acordo com a Agência Reuters.

Na semana, a moeda norte-americana conseguiu amenizar a alta, mas ainda fechou com valorização de 1,90%. No mês há avanço de 0,56%, enquanto no ano os ganhos até agora são de 4,42%.

As pesquisas eleitorais têm ditado o ritmo do mercado. Na quinta-feira (2), foram divulgadas novas pesquisas do Datafolha e do Ibope, ambas mostrando a presidente Dilma Rousseff (PT) liderando a disputa nos dois turnos.

O avanço nas pesquisas eleitorais da presidente Dilma, criticada por sua política econômica por agentes dos mercados, puxou o dólar nas últimas semanas. Apenas em setembro, a moeda norte-americana avançou 9,33 por cento, maior alta mensal em três anos.

Nesta sessão, investidores aproveitaram para corrigir parte dessa alta, após a revista Veja publicar em sua página na Internet que o doleiro Alberto Youssef teria documentos provando o esquema de corrupção na Petrobras. Alguns operadores acreditavam que a matéria poderia prejudicar as chances de reeleição de Dilma, que mantém a liderança nas pesquisas de intenções de voto, de acordo com a Reuters.

Essa onda de vendas tirou a divisa das máximas da sessão e colocou-a firmemente em território negativo. Mais cedo, a moeda norte-americana alternou entre altos e baixos e superou 2,50 reais, impulsionada pelo quadro eleitoral e por números fortes sobre o mercado de trabalho norte-americano.

Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, o país gerou 248 mil postos em setembro e a taxa de desemprego recuou a 5,9%. É a menor taxa desde julho de 2008, quando ficou em 5,8%.

O recente movimento de valorização do dólar no mercado local fez o real voltar a se alinhar com outras moedas emergentes, que têm perdido valor desde o começo do ano diante da perspectiva de juros mais altos nos Estados Unidos, que poderiam atrair recursos.

Nesta sexta, o Banco Central brasileiro deu continuidade às intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram vendidos 2,11 mil contratos para 1º de junho e 1,89 mil contratos para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 196,9 milhões.

O BC também vendeu a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos de novembro. Ao todo, o BC já rolou cerca de 13% do lote total, equivalente a US$ 8,84 bilhões.

*As cotações são da Agência  Thomson Reuters.

 


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