Japão testa sistema de alarme em todo o país antes do foguete norte-coreano

O alarme “J-Alert” oferecerá alertas velozes para facilitar evacuações rápidas e outras ações no caso do foguete norte-coreano for direcionado ao território japonês.
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Destróier japonês | Foto: Arquivo/Kyodo

Japão testou nesta sexta-feira (5) seu sistema de alarme em todo o país como parte de seu forte programa de segurança diante da possibilidade de que tenha que utilizá-lo nas próximas semanas, depois que a Coreia do Norte anunciou o lançamento iminente de um satélite através de um foguete de longo alcance.

A agência japonesa dos bombeiros e de prevenção de desastres utilizou o serviço de alarmes de emergência J-Alert para enviar uma mensagem a diferentes autoridades locais por volta das 11h locais (meia-noite de quinta-feira pelo horário de Brasília), segundo informou a agência “Kyodo”.

O J-Alert oferece alertas velozes do governo central para facilitar evacuações rápidas e outras ações em caso de desastre.

O teste faz parte das medidas que o Japão está tomando para se preparar para o esperado lançamento norte-coreano.

Na quarta-feira (3), o ministro japonês da Defesa, Gen Nakatani, anunciou que emitiu ordem expressas às Forças de Autodefesa do Japão para abater quaisquer mísseis balísticos que ameaçarem o território japonês.

Nakatani afirmou a repórteres que “destróieres Aegis transportando mísseis interceptores SM3 já se encontram à postos no Mar do Japão e no Mar da China Oriental”.

Nesse sentido, o ministro das Relações Exteriores do Japão, Fumio Kishida, garantiu hoje que o governo está preparado, mas “seguirá exercendo sua influência” para reunir e analisar informações com o objetivo de “proteger a segurança das pessoas”.

“O Japão também vai cooperar com a comunidade internacional para pedir à Coreia do Norte que aja com moderação”, disse Kishida, em declarações divulgadas pela agência Kyodo.

Por outro lado, Nakatani revelou que manteve hoje conversas de alto nível com seus colegas de Washington e Seul através de videoconferência, na qual trocaram informações sobre a situação.

Os três países estão realizando uma “colaboração estreita” para analisar as circunstâncias atuais, comentou Nakatani.

O regime liderado por Kim Jong-un comunicou a várias organizações internacionais na terça-feira o lançamento de um “satélite” entre os dias 8 e 25 de fevereiro.

O último lançamento desse tipo ocorreu em 2012, quando Pyongyang conseguiu colocar em órbita um satélite com seu foguete de longo alcance Unha-3, uma ação que a comunidade internacional considerou como parte de seu programa de desenvolvimento de mísseis balísticos intercontinentais e que deu origem a novas sanções da ONU.

(Com informações das agência EFE e Kyodo)

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