Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar recuou mais de 1% ante o real nesta segunda-feira (5), a segunda sessão seguida de queda, e fechou no menor nível em mais de duas semanas, acompanhando o movimento no exterior diante das apostas de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deve adiar a alta da taxa de juros nos Estados Unidos. A diminuição da tensão no cenário político local, após o anúncio da reforma ministerial, também contribuiu para reduzir a pressão de alta do dólar no mercado local.
A moeda norte-americana caiu 1,14%, cotada a R$ 3,9008 na venda, menor nível desde 17 de setembro (3,8822 reais). Na mínima dessa sessão, a moeda chegou a R$ 3,8893.
Na sexta-feira, dados mostraram que os empregadores nos EUA reduziram as contratações nos últimos dois meses e os salários caíram em setembro. Os números levaram o dólar a enfraquecer em relação às principais moedas emergentes, uma vez que a manutenção dos juros quase zerados na maior economia do mundo sustenta a atratividade de ativos de países em desenvolvimento. Nesta sessão, dois relatórios fracos sobre o setor de serviços norte-americano corroboraram essa percepção.
No cenário local, o anúncio da reforma ministerial ajudou a reduzir o mau humor nos mercados, aumentando a expectativa de um acordo entre o PMDB e o governo para aprovar as medidas de ajuste fiscal. Analistas destacam, no entanto, que ainda há muito incerteza no cenário.
Amanhã, os investidores acompanham a avaliação dos vetos da presidente Dilma Rousseff às chamadas pautas-bomba.
Atuações do Banco Central
O Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos. Até agora, o BC já rolou US$ 1,534 bilhão, ou cerca de 15% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
Fontes: Agência Valor | Agência Reuters.
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