Abe diz que Japão abaterá mísseis da Coreia do Norte ‘caso necessário’

Abe também anunciou que vai congelar os bens de 35 organizações norte-coreanas.
Shinzo Abe em 23 03 2017 Foto Reproducao NHK
Foto: Reprodução/NHK

Atualizado em 07/11/2017


O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou que seu país está preparado para “abater mísseis da Coreia do Norte caso necessário”, prometendo ainda sanções adicionais contra o regime do líder norte-coreano Kim Jong-un.

A declaração do premiê japonês aconteceu nesta segunda-feira (6), durante uma conferência de imprensa conjunta com o presidente norte-americano, Donald Trump, o

“Vamos abatê-los [mísseis] se necessário e, nesse caso, o Japão e os Estados Unidos vão cooperar de forma estreita”, declarou Abe.

O líder japonês anunciou também que vai congelar os bens de 35 organizações e pessoas norte-coreanas, impondo uma sanção suplementar a Pyongyang.

“Vamos decidir amanhã o congelamento de bens de 35 organizações e personalidades norte-coreanas”, uma medida adicional para tentar frear o programa nuclear e de mísseis de Pyongyang, bem como resolver o problema dos japoneses sequestrados pelos serviços secretos norte-coreanos.

Abe reafirmou seu apoio à política de Trump frente à Coreia do Norte, aformand0o trabalhar de forma conjunta para aumentar ainda mais a pressão sobre o regime liderado pelo norte-coreano Kim Jong-un, “com o objetivo de por fim ao programa nuclear e de mísseis balísticos de Pyongyang”.

Paciência estratégica acabou
Por sua vez, o presidente Donald Trump sublinhou em Tóquio que a “era da paciência estratégica acabou” no que toca à Coreia do Norte, após “20 anos com uma postura frágil” perante Pyongyang.

O regime norte-coreano “continua com os seus testes nucleares ilegais e com os seus intoleráveis lançamentos de mísseis sobre o território japonês, o que representam uma grave ameaça à paz e estabilidade regional e global. Não permitiremos isso”, afirmou Trump junto ao primeiro-ministro japonês.

“Os norte-coreanos [cidadãos] são grandes pessoas sob um regime repressivo. Espero que tudo se resolva e que melhore, tanto para eles como para todo o mundo”, declarou.

“Espero que [Kim Jong-un] acabe por pagar pelos seus atos”, acrescentou.

As tensões na Península Coreana aumentaram consideravelmente na esteira de uma série de testes armamentícios de Pyongyang, incluindo seu sexto e mais poderoso teste nuclear realizado em 3 de setembro, cuja potência provocou um terremoto que matou duas centenas de operários em um túnel na zona de testes subsolo de Punggye-ri, na província mais ao norte do território norte-coreano.

Além desse último teste nuclear, a Coreia do Norte realizou dois lançamentos de mísseis que sobrevoaram o território do Japão.

Os insistentes testes balísticos e nucleares norte coreanos ocorrem em conjunto com uma guerra de ameaças mútuas com os EUA e aliados na região, ou seja, Japão e Coreia do Sul..

Do Mundo-Nipo
Fontes: Lusa | Kyodo | NHK.

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