Dólar tem segunda queda seguida e recua ao patamar de R$ 2,21

No ano, o dólar já registra queda acumulada de 5,91%.

Do Mundo-Nipo

O dólar fechou em queda pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira (7), mesmo com a redução da atuação do Banco Central no câmbio, mas que foi compensada pela expectativa de ingresso de recursos na economia brasileira.

O dólar comercial encerrou o dia com desvalorização de 0,49%, cotado a R$ 2,2181 para a venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,5 bilhão

Na semana, a moeda dos EUA acumula queda de 0,05% e no mês, de 0,53%. No ano, a desvalorização é de 5,91%.

A baixa acompanhou a desvalorização da moeda no exterior. Em discurso nesta manhã, a presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) confirmou as expectativas do mercado de que o Fed vai continuar reduzindo os estímulos de forma gradual. Com isso, os investidores entendem que não haverá uma queda brusca da circulação de dólares no mundo.

No contexto brasileiro, o resultado foi influenciado pela expectativa de entradas de dólar no país. “O dólar chegou num nível de equilíbrio. Temos visto muitas entradas (de dólar no país), mas quando recuou abaixo de R$ 2,20, vimos o BC reduzir a rolagem de swaps cambiais”, afirmou à Reuters o diretor de câmbio da corretora Pioneer, João Medeiros, destacando a emissão de US$ 1,3 bilhão da Caixa Econômica Federal na véspera.

Segundo a Reuters, é praticamente consensual entre os agentes do mercado que o nível de 2,20 reais tornou-se um piso informal no curto prazo. A interpretação é que o patamar agrada o BC, pois não é inflacionário e ao mesmo não prejudica as exportações.

O Banco Central reduziu a intervenção no mercado de câmbio pouco após a divisa norte-americana cair abaixo do patamar de R$ 2,20. No mês passado, deixou vencer alguns swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, e, em seguida, cortou pela metade a oferta de contratos na rolagem dos swaps que vencem em 2 de junho.

No fim da manhã, a autoridade monetária vendeu a oferta total de até 5 mil swaps no leilão de rolagem. Até agora, o BC já rolou cerca de 8 por cento do lote que vence no próximo mês, equivalente a 9,653 bilhões de dólares.

Nas intervenções diárias, o BC continuou vendendo a oferta total de até 4 mil swaps. Desta vez, todos os novos contratos vendidos têm vencimento em 2 de março de 2015, com volume equivalente a 198,6 milhões de dólares. O BC também ofertou contratos para 1º de dezembro deste ano, mas não vendeu nenhum.

As informações das cotações de fechamento são fornecidas pelo Portal Financeiro Forex Pros/Investing.com.

 


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