Japão está entre os países que têm a classe média com o maior potencial

Apesar da crescente desigualdade salarial, o Japão se classificou entre os primeiros no estudo que avalia a expansão da classe média global.
Pessoas no distrito de Ginza em Toquio Foto Stockvalt
Foto: Stockvault

Apesar da fraqueza no crescimento econômico e da crescente desigualdade salarial, o Japão se classificou bem no estudo da consultoria Euromonitor, que avaliou a expansão da classe média global até 2030.

Segundo a consultora, essa expansão está sendo feita principalmente pelo enriquecimento de países emergentes, como China e Índia, mas isso não significa que as economias desenvolvidas estão perdendo importância.

Elas têm classes médias consolidadas e com poder de compra alto, além de “rendas, gostos e necessidades mais homogêneas”, explica a Euromonitor em seu estudo denominado ‘Developed Markets with the Best Middle Class Potential 2016′.

O estudo identificou cinco mercados desenvolvidos onde a classe média tem mais potencial, medida pelo número de domicílios com previsão de renda mediana  acima de US$ 45 mil em 2030 (em preços de 2014).

Veja a seguir o Top 5 das economias desenvolvidas onde a classe média tem mais potencial:

1.º Estados Unidos
Os Estados Unidos ainda são o país de classe média por excelência, ainda que ela tenha se enfraquecido por alguns critérios devido ao aprofundamento da desigualdade.

A previsão da Euromonitor é que o número de domicílios com essa classificação vá dos 25,3 milhões de 2014 para 28,4 milhões em 2030 e que a renda mediana seja elevada em uma média de 1,2% por ano no período.

“O poder de compra da classe média americana também é turbinado por produtos financeiros avançados que permitem aos consumidores acessarem crédito e fazerem retiradas com base em capital imobiliário”, diz a consultoria.

2º. Japão
A queda populacional, a desigualdade em alta e a popularização das casas com apenas um indivíduo farão com que o Japão tenha queda no número de domicílios de classe média: de 16,5 milhões em 2014 para 15,5 milhões em 2030.

Ainda assim, o país continuará firme e com uma das principais classes médias do mundo. Depois de cair 1% ao ano entre 2009 e 2014, a renda mediana deve crescer 0,9% por ano em termos reais entre 2015 e 2030, prevê a consultoria.

“A maioria da população se vê como classe média e tem o comportamento consumidor discricionário equivalente. Isso explica porque o luxo é um mercado de ‘massa’ no país, na medida em que bens de luxo são símbolo de um estilo de vida de classe média mesmo quando os consumidores se tornam mais sensíveis a preço”, diz o texto.

3º. Alemanha
A Alemanha tem a terceira maior classe média do mundo desenvolvido, mas seu poder de compra é limitado por alguns fatores.

“O crescimento relativamente fraco da renda, combinado com a propensão alemã a economizar, vai limitar o potencial consumidor da classe média do país. Por isso, negócios que tenham este grupo como alvo terão que ajustar suas expectativas de mercado, além de serem mais competitivos na sua oferta de produtos”, diz a Euromonitor.

A previsão da consultoria é que depois de crescer apenas 0,4% por ano entre 2009 e 2014, a renda mediana do país acelere para 0,8% por ano até 2030.

4º. Reino Unido
Até 2030, o Reino Unido deve perder a 4ª posição neste ranking em número de domicílios de classe média. chegando a 9,8 milhões (contra 9,9 milhões na Itália).

No entanto, sua renda mediana terá o maior crescimento de todos: 1,6% por ano, levando o total para US$ 75.274 em preços de 2014.

“O mercado consumidor de classe média no Reino Unido oferece enormes potenciais comerciais graças a rendas altas e em ascensão, forte confiança do consumidor e uma tendência a gastar ao invés de poupar”, diz a Euromonitor.

5º. França
De 2015 a 2030, o número de domicílios de classe média na França deve saltar de 8,3 milhões para 9,3 milhões. Proporcionalmente, no entanto, sua participação no total deve cair de 29% em 2009 para 28,5% em 2030.

Desde a crise financeira, os franceses tem enfrentado desemprego elevado, crescimento baixo, corte nos serviços básicos e alta no custo de vida – e isso tem impacto no seu comportamento.

“Mesmo que o consumo, principalmente de lazer e de produtos e serviços finos, continue a ser igualado a prazer, os consumidores de classe média estão ficando mais velhos, mais conscientes em relação ao valor das coisas e menos impulsivos em suas compras”, diz o texto.

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