Dólar cai pelo quarto dia e fecha a R$ 2,98

O dólar encerrou a semana com queda acumulada em 0,98%.

Do Mundo-Nipo com Agências

O dólar recuou quase 1,5% e fechou abaixo de R$ 3 nesta sexta-feira (8), no que se somam quatro quedas consecutivas, após divulgação de dados sobre a criação de postos de trabalho nos Estados Unidos, que levou os investidores a concentrarem-se no aumento menor que o esperado da renda média por hora em abril, que pode ser um sinal de que a inflação ainda não está ganhando ímpeto no país.

A moeda norte-americana caiu 1,45% e encerrou o dia cotada a R$ 2,9835 na venda, após ser negociada a R$ 3,0445 na máxima e a R$ 2,9758 na mínima da sessão. De acordo com a agência Reuters, o dólar encerrou a semana com queda acumulada em 0,98%.

Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 1,2 bilhão, contra US$ 1,2 bilhão observado na quinta-feira.

No dia, investidores acompanharam a divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. O Departamento do Trabalho informou que foram criadas 223 mil vagas em abril, o que indica aceleração do mercado.

Embora a criação de vagas de trabalho tenha ficado praticamente em linha com as expectativas do mercado em abril, levando a taxa de desemprego à mínima em quase sete anos, a renda média por hora subiu apenas 0,1%, bem abaixo do esperado. Além disso, o dado sobre criação de vagas de março foi revisado para o menor nível desde junho de 2012.

O resultado gerou no mercado a expectativa de que o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) comece a elevar as taxas de juros no país no final do ano, e não em junho.

Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para lá recursos atualmente investidos em outros países, como o Brasil.

O economista da 4Cast, Pedro Tuesta, ressaltou que o mercado tem dado bastante importância para números relacionados à inflação nos EUA, mas também lembrou que o Fed observa um conjunto de fatores para tomar suas decisões. “Precisamos esperar a poeira baixar”, afirmou ele à Reuters.

Alguns investidores acreditam que a divisa enfrentará dificuldades para se sustentar abaixo de R$ 3 novamente, uma vez que o Banco Central sinalizou que deve rolar apenas parcialmente os swaps cambiais que vencem em junho pouco após a moeda norte-americana oscilar na casa dos R$ 2,90.

Dados do IBGE sobre inflação
Nesta sexta, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o aumento dos preços no país foi de 0,71% em abril. É a maior inflação para o mês desde 2011, quando ela foi de 0,77%.

Com o resultado, a variação acumulada em 12 meses chegou a 8,17%. Trata-se da maior alta acumulada desde dezembro de 2003, quando a inflação atingiu 9,3%.

O número está muito acima do limite máximo da meta de inflação estabelecida pela governo. A intenção do governo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo –ou seja, variando de 2,5% a 6,5%.

Leilões de contratos de dólar do Banco Central
O BC brasileiro vendeu nesta sessão a oferta total de 8.100 contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) no leilão de rolagem. Até agora, o BC já rolou o equivalente a US$ 1,968 bilhão, ou 20% do lote total, ue corresponde a US$ 9,656 bilhões.

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

(Com informações da Agência Reuters e do UOL Economia)

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