O dólar interrompeu uma série de três altas consecutivas e fechou em queda de mais de 5% nesta sexta-feira (8), após anúncio, na véspera, feito pelo presidente do Banco Central do Brasil, Ilan Goldfajn, de que usaria todos os instrumentos “necessários” para conter a pressão sobre o câmbio.
A moeda norte-americana encerrou o dia cotado a R$ 3,7074 na venda, com forte recuo de 5,5%. Trata-se da maior desvalorização diária da moeda desde 13 de outubro de 2008, quando recuou 7,3%, no contexto da crise global.
O dólar à vista caiu 7,83, para R$ 3,7477, enquanto o dólar turismo era vendido ao redor de R$ 3,87.
Apesar da forte alta recente, a moeda acumulou queda de 1,54% na semana. No mês de julho, o dólar recua 0,75%. Já no acumulado do ano, tem valorização de 11,89%.
Saiba mais
» Dólar salta mais de 2% e fecha na maior cotação desde março de 2016
» Dólar segue ignorando intervenções do BC e fecha acima de R$3,83
» Dólar dispara e fecha no maior valor em mais de 2 anos
Com a forte volatilidade no mercado financeiro na véspera, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que o órgão vai utilizar todos os instrumentos “necessários” para conter a pressão sobre o câmbio.
Na noite de ontem, o Banco Central informou que ofertaria US$ 20 bilhões adicionais em swaps cambiais tradicionais – equivalentes à venda futura de dólares – até o fim da próxima semana. E acrescentou que, se necessário, poderá fazer leilões de linha, venda de dólares com compromisso de recompra, ou até mesmo vender dólares das reservas no mercado à vista.
Nesta sessão, o BC vendeu integralmente o lote de até 15 mil novos swaps, e também a oferta integral de até 60 mil contratos. Dessa forma, já injetou US$ 10,3 bilhões neste mês no mercado. Desde que começou a ofertar novos contratos de swap, no dia 14 de maio passado, o BC havia injetado no sistema até a véspera o equivalente a pouco mais de US$ 14 bilhões.
Além disso, a autoridade monetária vendeu os 8.800 swaps para rolagem do vencimento de julho, já somando US$ 2,640 bilhões do total de US$ 8,762 bilhões que vencem em julho. Se mantiver esse volume até o final do mês, rolará integralmente o total.
Fontes: Folha de S.Paulo | G1 economia.