Dólar cai ante o real, mas fecha a semana em alta de mais de 1%

A moeda dos EUA fechou a semana com alta acumulada em 1,16%.

Do Mundo-Nipo com Agências

O dólar fechou em queda ante o real nesta sexta-feira (8), mas encerrou a semana com alta de mais de 1%, em uma sessão bastante volátil, ditada por bons resultados econômicos da China, que deu força às moedas emergentes, e diante de conflitos geopolíticos, que aumentou no Iraque e amenizou na Ucrânia.

O dólar comercial encerrou o dia com desvalorização de 0,40%, cotado a R$ 2,2868 para venda, após ter chegado a atingir R$ 2,30 pela manhã e registrar alta de 0,98% na véspera. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 1 bilhão.

A moeda norte-americana fechou a semana com alta acumulada em 1,16%. No mês, a valorização é de 0,75%. No ano, há desvalorização de 3,01%.

Nesta sessão, os investidores aproveitaram o clima de aversão ao risco no exterior para testar a tolerância do Banco Central à alta da divisa dos Estados Unidos, destacou mais cedo a Agência Reuters.

No cenário externo, os conflitos geopolíticos continuam ditando o desempenho do dólar. As tensões no Iraque foram renovadas com um ataque dos EUA a áreas controladas pelos rebeldes no país, favorecendo as moedas consideradas mais seguras, como o euro e o franco suíço. Por outro lado, o clima ficou mais ameno após a Rússia informar que encerrou seus exercícios militares perto da fronteira com a Ucrânia.

No Brasil, o IPCA fraco e a decepção com a pesquisa Ibope sobre a eleição presidencial acabaram pressionando o real.

Após abrir a sessão em queda e subir na sequência, o dólar retomou a baixa ante o real depois do meio-dia. Um ingresso de recursos de cerca de US$ 1,5 bilhão da Petrobras no fim da manhã determinou a recondução da moeda para o lado negativo, conforme noticiou a Agência Estado. No fim da tarde, o alívio com a crise na Ucrânia, após a Rússia retirar soldados da fronteira, animou as bolsas e deu certo fôlego para as moedas emergentes.

Há quase duas semanas o dólar tem sido negociado acima de R$ 2,25, deixando para trás o teto da banda informal que vigorou desde abril passado, com alguns breves períodos de exceção, cujo piso era de R$ 2,20. Para alguns especialistas, o intervalo agora pode ter mudado de patamar, indo de R$ 2,25 a R$ 2,30.

 

Intervenções do Banco Central no câmbio

Pela manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem à venda futura de dólares, com volume equivalente a US$ 198,8 milhões. Foram vendidos 3,5 mil contratos para 2 de fevereiro e 500 contratos para 1º de junho de 2015.

Em seguida, vendeu a oferta total de swaps para rolar os contratos que vencem em 1º de setembro. Até agora, o BC rolou cerca de 20% do lote total, que corresponde a US$ 10,07 bilhões.

As informações das cotações de fechamento são fornecidas pelo Portal Financeiro Investing.com Brasil.

 


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