Dólar fecha com queda de quase 1% ante o real

Apenas nas últimas três sessões, o dólar acumula queda de 2,3%.

Do Mundo-Nipo com Agências

O dólar recuou quase 1% ante o real nesta segunda-feira (9), influenciado pela notícia de que o Banco Central estenderá seu programa de atuações diárias no mercado de câmbio a partir de julho.

O dólar comercial encerrou o dia com desvalorização de 0,83%, cotado a R$ 2,2231 para a venda. Segundo dados da BM&F, o volume financeiro ficou em torno de US$ 1,7 bilhão.

É a terceira baixa seguida da moeda norte-americana. Nas últimas três sessões, o dólar acumula queda de 2,3%. No ano, a perda é de 5,37%.

Na semana passada, a moeda dos EUA chegou a se aproximar do patamar de R$ 2,30 com o mercado especulando sobre as futuras ações do BC.

Na noite de sexta-feira, o BC informou que estenderá seu programa de intervenção diária no câmbio para além de junho, mas não forneceu detalhes de como fará isso. A atual venda diária de 4.000 contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) deve ser reduzida, segundo informações obtidas pela agência de notícias Reuters junto ao governo.

O programa de intervenções foi anunciado em 22 de agosto do ano passado, e, em dezembro, o BC decidiu que as vendas seriam estendidas até o dia 30 deste mês. Nesse anúncio, o BC reduziu as vendas diárias para 4.000 swaps; anteriormente, ele ofertava 10 mil contratos.

O objetivo da venda de swaps é sinalizar para o mercado que no futuro (data do contrato vendido pelo BC) haverá dólares disponíveis no mercado. Empresas compram esses swaps para se proteger de altas bruscas do dólar (essa operação é conhecida no mercado como “hedge”).

A segurança de que haverá dólares disponíveis daqui a algum tempo reduz a urgência da compra de dólares no momento. Além disso, com a maior circulação de dólares no mercado, o preço da moeda norte-americana tende a cair.

Agora o mercado volta-se para os moldes da prorrogação. “Acabou a ansiedade, mas agora queremos saber se ele (BC) vai diminuir a ração diária e para quanto”, disse à Reuters o operador de câmbio de um banco nacional, que aposta na redução para 2 mil contratos diários.

Essa visão está baseada nos argumentos usados pelo próprio presidente do BC, Alexandre Tombini, que disse recentemente que a demanda por swaps cambiais teve “certo arrefecimento”.

 

Intervenções do Banco Central no câmbio do dólar

No leilão diário deste pregão, o BC vendeu novamente a oferta integral de até 4 mil swaps. Foram 2 mil com vencimento em 1º de dezembro deste ano e 2 mil para 2 de fevereiro do próximo, com volume financeiro equivalente a US$ 199 milhões.

Em seguida, fez mais um leilão para rolar swaps que vencem em 1º de julho, vendendo a oferta de até 10 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária rolou pouco mais de 27% do lote total, que corresponde a US$ 10,060 bilhões.

Neste leilão de rolagem, no entanto, o BC ofertou contratos de swaps com vencimento em 4 de maio de 2015, no lugar dos papeis para 1º de abril até então.

As informações das cotações de fechamento são fornecidas pelo Portal Financeiro Forex Pros/Investing.com.

 


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