O uso de alguns produtos produzidos com plásticos, como canudos, copos, talhares e sacolas, será proibido a partir de abril em cafeterias e lojas localizadas em órgãos do governo do Japão, tais como em ministérios, tribunais e entidades ligadas a autoridades públicas.
Com isso, o Japão passa a ser mais um país a tomar medidas contra canudos e acessórios de plástico, seguindo assim o exemplo do governo de países como o Reino Unido, e até de grandes companhias de fast-food, tais como Starbucks e McDonald’s.
A medida sustentável, no entanto, está ainda procurando substitutos para o material em uma tentativa de diminuir a poluição dos oceanos, que tem sofrido cada vez mais com o lixo plástico.
O momento é bom para o Japão dar exemplo. Em junho, o país recebe, em Osaka, a reunião do G20. Uma das pautas que o país disse pretender discutir é como diminuir a quantidade de plásticos nos oceanos.
A partir de abril, as cafeterias e lojas serão solicitadas que usem sacolas com uma quantidade mínima de materiais naturais. Os talheres de plástico só serão dados caso solicitados pelo cliente, afirma o jornal Japan Times. O governo também pede que as lojas deem incentivos financeiros para clientes que tomarem decisões mais ecológicas.
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O Japão é o segundo maior gerador per capta de resíduos de plástico no mundo—perde apenas para os Estados Unidos, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Ambos têm sido criticados por não assinar um acordo, durante a última reunião do G7, em junho no Canadá, que pede a diminuição de embalagens plásticas.
Entre outras medidas que o governo japonês estuda tomar está a cobrança por sacolas plásticas.
Lixo plástico
Em 2016, o país gerou 8,99 milhões de toneladas de lixo plástico, sendo que 1,38 milhão foi exportada para reciclagem ou incineração. Desse total, 80% foi para a China, enquanto outros 0,69 milhão foram reciclados internamente, de acordo com dados do Instituto Nacional de Gestão do Plástico. Os 6,93 milhões de toneladas restantes receberam elementos químicos, foram incinerados para gerar eletricidade ou descartados em lixões.
MN – Mundo-Nipo
Fontes: The Japan Times | Época Negócios.
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