Após quatro pregões consecutivos de queda, o dólar fechou em alta ante o real nesta quarta-feira (11), acompanhando o movimento no cenário externo em mais um dia marcado pelo baixo volume de negociação.
O dólar comercial encerrou o dia com valorização de 0,26%, cotado a R$ 2,234 para a venda. Segundo dados da BM&F, o volume financeiro foi bastante fraco, ficando em cerca de US$ 900 milhões. Na véspera, o volume foi ainda mais fraco, em torno de US$ 700 milhões, o que ajudou a manter a moeda norte-americana presa à banda informal de R$ 2,20 a R$ 2,25. Nas últimas quatro sessões anteriores a de hoje, o dólar havia acumulado queda de 2,4%.
No mercado externo, o dólar operava em alta frente às principais moedas emergentes diante do aumento das taxas dos Treasuries, com o crescimento das apostas de que a recuperação da economia americana permitirá o Federal Reserve começar a subir a taxa de juros já no primeiro semestre de 2015, destacou o jornal ‘Valor Online’.
Outro fator que contribuía para a queda das moedas emergentes é a redução da perspectiva de crescimento para esses mercados divulgada ontem pelo Banco Mundial. A instituição reduziu a estimativa de crescimento para esse grupo de países, de 5,3% para 4,8% neste ano. Para o Brasil, a projeção de crescimento caiu de 2,4% para 1,4%.
No mercado local, a alta da moeda americana foi limitada pela expectativa de entrada de recursos com a retomada das captações externas pelas empresas brasileiras, que estão buscando aproveitar o momento de maior liquidez no cenário internacional, após o anúncio de medidas de estímulo monetário pelo Banco central Europeu (BCE) na última quinta-feira, para captar antes das férias no Hemisfério Norte.
Os investidores ainda aguardam a divulgação dos detalhes sobre a prorrogação do programa de intervenção no câmbio do Banco Central. A autoridade monetária anunciou na última sexta-feira que vai estender o programa, que tinha previsão para acabar em 30 de junho, mas ainda não informou até quando deve manter as intervenções nem as condições da oferta de swap cambial nessa nova etapa.
Mesmo com o cenário de maior liquidez, os investidores esperam que o BC mantenha a venda diária de swap cambiais, que somam hoje US$ 200 milhões, esperando maior volatilidade à frente diante das eleições no Brasil e da normalização da política monetária nos Estados Unidos. Uma redução nesse volume ou mesmo a interrupção dos leilões diários, no entanto, poderiam trazer uma pressão de alta para o dólar.
Nesta quarta, o BC vendeu todos os 4 mil contratos de swap cambial do programa de intervenção, cuja operação somou US$ 198,8 milhões. A autoridade monetária ainda rolou mais 10 mil contratos de swap, com volume financeiro equivalente a US$ 494,2 milhões.
Com isso, a autoridade monetária já renovou US$ 3,750 bilhões do lote total. Se mantiver o mesmo ritmo até o fim do mês, o BC terá concluído a rolagem de US$ 8,750 bilhões do lote total que vence em julho, mas deixando vencer US$ 1,310 bilhão.
Pregão fecha mais cedo nesta quinta
O BC não vai realizar leilões de swaps nas ofertas de ração diária e da rolagem por conta do feriado em São Paulo na abertura da Copa do Mundo. Pelo feriado, não haverá pregão na BM&FBovespa.
Como o feriado é local, haverá mercado de câmbio com abertura normalmente às 9h, mas o fechamento antecipado às 13h.
Do Mundo-Nipo
Fontes: Forex Pros/Investing.com.
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