Depois de fechar na maior queda diária desde 2008 o dólar voltou a subir nesta segunda-feira (11) e encerrou as negociações cotado acima de R$ 3,72, após cair mais cedo em meio ao anúncio de uma oferta inesperada de US$ 2,5 bilhões em swaps cambiais pelo Banco Central, como tentativa para controlar o câmbio conforme fez na sessão anterior.
A moeda norte-americana encerrou a sessão desta segunda com alta de 0,54%, cotada a R$ 3,7242 na venda.
Na máxima do dia, a moeda dos EUA chegou a R$ 3,7297, enquanto na mínima (R$ 3,6732) caiu ao menor patamar em duas semanas.
Intervenção do Banco Central no câmbio
O Banco Central conseguiu conter, provisoriamente, o dólar após anunciar nesta manhã leilão de até 50 mil novos swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, nesta sessão. Vendeu integralmente a oferta, de US$ 2,5 bilhões, somando neste mês US$ 13,116 bilhões em novos swaps.
O BC também realizou nesta segunda o leilão de até 8.800 swaps para rolagem do vencimento de julho, já somando US$ 3,080 bilhões dos US$ 8,762 bilhões que vencem em julho. Se mantiver esse volume até o final do mês, rolará integralmente o total.
Diferentemente do que vinha fazendo, o BC não anunciou no pregão anterior, quando o dólar despencou sobre o real, leilão de novos swaps cambiais para a sessão seguinte. Ele vinha ofertando diariamente até 15 mil novos contratos desde 21 de maio passado e, de 14 a 18 de maio, o BC também tinha feito oferta extra, mas de até 5 mil contratos novos.
No pregão passado, assim, vendeu integralmente o lote de até 15 mil novos swaps, e também a oferta integral de até 60 mil contratos, dentro dessa nova estratégia.
“Serão US$ 20 bilhões até sexta-feira (15), isso pode ajudar o dólar a cair um pouco mais, até R$ 3,65, R$ 3,60, no máximo. Mas o dólar só vai ficar mais fraco aqui se o Fed não trouxer surpresas”, afirmou à Reuters o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior.
Na sessão anterior, de sexta-feira, o dólar interrompeu uma série de três altas consecutivas e despencou 5,5%, após anúncio, na véspera, feito pelo presidente do Banco Central do Brasil, Ilan Goldfajn, de que usaria todos os instrumentos “necessários” para conter a pressão sobre o câmbio.
Foi a maior desvalorização diária do dólar frente ao real desde 13 de outubro de 2008, quando recuou 7,3%, no contexto da crise global.
Fontes: Agência Reuters | G1 Economia.
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