O governo do Japão doou o equivalente a US$ 42,926 em ajuda humanitária aos refugiados venezuelanos que estão em Boa Vista, capital do estado de Roraima, no norte do Brasil.
A contribuição, feita pelo Programa de Assistência a Projetos Comunitários e de Segurança Humana do governo japonês, foi firmada entre a Embaixada do Japão e a organização não governamental (ONG) Visão Mundial Brasil, em cerimônia realizada na quarta-feira (11), em Brasília.
O dinheiro doado visa à aquisição de móveis e equipamentos, além de um micro-ônibus para transporte de imigrantes e materiais.
A Visão Mundial é uma organização humanitária de resposta a situações de emergência que atua no apoio aos imigrantes venezuelanos que chegam ao país.
A ONG promove atividades como auxílio para residência temporária, obtenção de documentação e orientações para trabalho e atividades socioeducativas para as crianças. Atualmente, o trabalho alcança cerca de 20 mil crianças e adolescentes venezuelanos em situação de vulnerabilidade.
Preocupação e auxílio do Japão
“O Japão expressa profunda preocupação com a situação econômica na Venezuela e como ela tem afetado seriamente o povo venezuelano e toda a região. Estamos dispostos a continuar contribuindo por meio da assistência humanitária aos venezuelanos e aos países vizinhos afetados”, ressaltou o embaixador do Japão no Brasil, Akira Yamada.
A doação japonesa para Roraima é a segunda destinada ao estado em seis meses. Em março, Yamada assinou um contrato de doação de US$ 77.410 para a aquisição de equipamentos médicos para um hospital e maternidade.
Em junho, o governo do Japão firmou uma contribuição de US$ 3,6 milhões para o atendimento a imigrantes venezuelanos pela Organização nas Nações Unidas.
Em março deste ano, Yamada visitou a região fronteiriça entre o Brasil e a Venezuela e conversou com colaboradores do centro mantido pela Visão Mundial Brasil e com as crianças imigrantes.
“Nós nos sentimos extremamente honrados por este gesto humanitário que o povo japonês, por meio da embaixada, faz às crianças e adolescentes que se encontram em situação de grande vulnerabilidade”, disse Raíssa Rossiter, diretora da Visão Mundial.
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