Haruhiko Kuroda, presidente do Banco do Japão (BoJ, o banco central Japonês), afirmou nesta quarta-feira (12) que novos declínios do iene podem ajudar a alcançar a meta de inflação de 2 por cento mais rapidamente, mesmo com as tensões geopolíticas elevando a moeda japonesa para uma máxima de cinco meses contra o dólar.
Kuroda reiterou que o banco central não tem como meta a taxa de câmbio ao guiar a política monetária, e que está injetando dinheiro na economia para alimentar a inflação.
Mas ele admitiu os benefícios que um iene fraco teria para acelerar a inflação, como por exemplo elevando os custos das importações e portanto os preços em geral.
“O Banco do Japão conduz a política monetária para alcançar sua meta de preço o mais breve possível e não tem como meta diretamente a taxa de câmbio”, disse Kuroda ao Parlamento.
Conforme a economia continua a se recuperar e o efeito da queda do preço do petróleo no ano se dissipar, a inflação irá acelerar e elevar as expectativas do público para a alta dos preços, disse ele.
“Tendo dito isso, é verdade que se o iene enfraquecer isso pode acelerar o cumprimento de nossa meta de preço”, disse Kuroda.
O dólar chegou a uma mínima de cinco meses contra o iene nesta quarta-feira diante das tensões geopolíticas, que favorece a moeda japonesa, considerada segura. Nesta sessão, o dólar chegou a 109,535 ienes, nível mais baixo desde 17 de novembro.
Com informações da Agência Reuters
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