O Tribunal Distrital de Tóquio informou na sexta-feira que prorrogou o período de detenção de Carlos Ghosn por oito dias, dando aos promotores até o dia 22 de abril para apresentar acusações formais contra o ex-presidente da Nissan.
Ghosn foi preso pela quarta vez na semana passada. Dessa vez, ele está sendo acusado de desviar, em seu favor, US$ 5 milhões (559 milhões de ienes) da Nissan.
Ele também está aguardando julgamento por outras acusações, que inclui má conduta financeira e violação de confiança da montadora japonesa. Ghosn, que foi libertado sob fiança de US$ 9 milhões no início de março, depois de passar 108 dias na prisão, negou todas as acusações.
O período inicial de detenção do executivo brasileiro estava previsto para expirar no domingo passado, o que era amplamente esperado ser prorrogado por no máximo 10 dias.
A equipe de defesa de Ghosn tem estado em uma batalha ferrenha contra a promotoria de Tóquio. Os advogados alegam que a atual prisão do ex-presidente da Nissan – e da aliança Renault-Nissan -, é “ilegal”.
Ghosn, que já foi venerado no Japão por ter salvado a Nissan de uma suposta falência, foi detido, pela primeira vez em 19 de novembro de 2018, em Tóquio, e enviado para o centro de detenção de Kosuge, zona norte da capital japonesa, de onde saiu somente em 6 de março deste ano mediante pagamento de fiança no valor de um bilhão de ienes, cerca de 9 milhões de dólares, equivalente a R$ 34 milhões.
O empresário é acusado de fraude financeira. Em seu processo, consta que declarações de renda falsas às autoridades da Bolsa de Valores e abuso de confiança em detrimento da montadora Nissan, onde teve início a investigação, além de outras acusações
O executivo considera que foi vítima de um “complô” da Nissan para provocar o fracasso de seu projeto de aproximação com a Renault.
MN – Mundo-Nipo.com
Fonte: Asahi Shimbun | Reuters.
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