O dólar fechou em queda nesta terça-feira (12) e no patamar de R$ 3,70, um resultado influenciado por mais duas atuações de surpresa do Banco Central no câmbio, o que afastou a tendência de valorização no exterior em meio à expectativa sobre o desfecho do encontro de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) no dia seguinte.
No final das negociações de hoje, o dólar estava cotado a R$ 3,7075 na venda, recuo de 0,52% ante o real, depois de subir 0,54% na véspera.
Na mínima do dia, a divisa americana chegou a R$ 3,6680, marcada no início da tarde, logo após o Banco Central chamar mais um leilão de novos swaps cambiais tradicionais com oferta de até 30 mil, o que foi vendido integralmente.
Nesta sessão, o dólar chegou a subir ante o real, em sintonia com o exterior, com os investidores cautelosos com o desfecho do encontro do Fed no dia seguinte, depois de terem recebido dados em linha sobre a inflação norte-americana.
Operadores avaliam que o mercado está cauteloso em função da reunião do Fed, bem como questões internas. Apesar disso, o mercado “se mantém amortecido com o Banco Central do Brasil agindo”, afirmou o operador de câmbio da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Na semana passada, o BC prometeu injetar US$ 20 bilhões adicionais em novos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) até a próxima sexta-feira para dar liquidez ao mercado e ajudar a conter a volatilidade.
Pela manhã, o BC já havia feito outro leilão de até 30 mil swaps, também vendido integralmente, colocando neste mês, até o momento, US$ 16,116 bilhões em novos swaps.
A autoridade monetária também vendeu a oferta integral de até 8.800 swaps cambiais tradicionais para rolagem, já somando US$ 3,520 bilhões do total de US$ 8,762 bilhões que vence em julho. Se mantiver esse volume até o final do mês, fará rolagem integral de todos os contratos.
Com informações da Reuters Brasil.
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