Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar fechou em leve alta ante o real nesta terça-feira (12), mesmo com atuação mais forte do Banco Central Brasileiro, que interviu para evitar valorização maior da moeda norte-americana. Os investidores, no entanto seguiram cautelosos com a crise na Ucrânia e seus possíveis impactos sobre a economia global, evitando também movimentos expressivos antes da divulgação de importantes dados econômicos, vindos do Japão e da China nesta madrugada.
O dólar comercial encerrou o dia com leve valorização de 0,18%, cotado a R$ 2,2785 para venda. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 1,5 bilhão, acima da média diária de US$ 1,1 bilhão na semana passada.
Na semana, a moeda dos EUA acumula queda de 0,37% e no ano, de 3,35%. No mês, a alta é de 0,38%.
No exterior, a moeda americana operava em ligeira queda frente às principais moedas e caía 0,14% frente ao dólar australiano, 0,04% diante do rand sul-africano e 0,29% em relação ao peso mexicano, de acordo com o ‘Valor Online”.
Apesar da aparente trégua na tensão geopolítica entre Rússia e Ucrânia, após o envio de ajuda humanitária do governo russo para as cidades do leste do país vizinho, a incerteza sobre se o cessar-fogo pode durar mantém os investidores cautelosos.
Investidores também monitoram atentamente a situação no Iraque, onde o presidente nomeou novo primeiro-ministro na segunda-feira para substituir Nuri al-Maliki e os Estados Unidos bombardearam insurgentes do Estado Islâmico.
O mercado global também segue atento à divulgação de importantes dados econômicos da China, nesta madrugada. Os investidos também na expectativa de dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do Japão referentes ao segundo trimestre, previsto para ser divulgado esta noite. Há ainda uma agenda americana carregada de indicadores econômicos nos próximos dias.
A cena doméstica no câmbio segue permeada pelas discussões em torno de como o Banco Central reagiria a uma nova rodada de valorização do dólar.
“Não adianta empurrar muito o dólar para cima se você sabe que o BC está de olho”, disse o economista da área de análise da XP Investimentos, Daniel Cunha, à Agência Reuters.
Boa parte do mercado já vê o nível de R$ 2,30 como um novo teto informal. Isso faz leva os investidores a realizar lucros quando a moeda norte-americana se aproxima desse teto.
A avaliação é de que, nestes patamares, o câmbio poderia prejudicar a inflação, desagradando ao Banco Central, que intensificou sua atuação diária no mercado nesta semana.
Há quase duas semanas o dólar tem sido negociado acima de R$ 2,25, deixando para trás o teto da banda informal de flutuação, entre R$ 2,20 e R$ 2,25, que vigorou desde abril passado com alguns breves períodos de exceção.
Para alguns especialistas, o intervalo de flutuação pode ter mudado de patamar, com a divisa passando a oscilar entre R$ 2,25 e R$ 2,30.
Atuações do Banco Central no câmbio
Nesta manhã, a autoridade monetária vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em setembro, no segundo leilão ofertando mais papéis. Ao todo, o BC já rolou cerca de 30% do lote total, que corresponde a US$ 10,070.
O BC também deu continuidade às suas intervenções diárias e vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, com volume equivalente a US$ 198,8 milhões. Foram vendidos 3 mil contratos para 2 de fevereiro de 2015 e 1 mil para 1º de junho de 2015.
As informações das cotações de fechamento são fornecidas pelo Portal Financeiro Investing.com Brasil.
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