Japão está preparado para possível míssil norte-coreano, diz Suga

A imprensa dos EUA diz que o míssil em questão é capaz de atingir a Costa do Pacífico dos EUA, o Alasca ou a ilha de Guam.
Misseis da Coreia do Norte lancados de plataformas moveis Foto KCNA
Foto: Arquivo / KCNA

O ministro chefe do Gabinete japonês disse nesta quarta-feira (13) que as Forças de Autodefesa do Japão tomaram todas as medidas diante da possibilidade de um lançamento de míssil por parte da Coreia do Norte.

“Em razão das forças de autodefesa, certamente, as instruímos para estarem sempre preparadas para qualquer situação, mas não podemos especificar o que eles farão”, disse Suga em sua coletiva diária.

O discurso de Suga acorre um dia após a imprensa norte-americana informar que imagens de satélites dos Estados Unidos mostraram movimentação nos últimos dias em instalações de lançamentos da Coreia do Norte, sugerindo fortes indícios de que Pyongyang lançará, em breve, mísseis balísticos a partir de uma plataforma móvel.

Segundo o canal americano CNN, o míssil em questão é capaz de atingir a Costa do Pacífico dos EUA, estado de Alasca ou a ilha de Guam, no Pacífico.

Caso ocorra o lançamento, ele somará na sétima ação do tipo em menos de dois meses. O primeiro disparo em março ocorreu logo depois de o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) anunciar, em 2 de março, a aprovação de sanções mais severas contra o governo do ditador Kim Jong-un.

O severo conjunto de sanções foi apresentado após o governo norte-coreano ter anunciado em 6 de janeiro a realização de um teste bem sucedido de uma bomba de hidrogênio. Passado um mês, o país efetuou o lançamento de um foguete de longo alcance para por em órbita um satélite, o que foi condenado pela comunidade internacional por acreditar tratar-se de testes camuflados de mísseis balísticos e que fazem parte do programa nuclear norte-coreano.

Antes do lançamento do foguete com o satélite, Tóquio já mantinha suas forças de autodefesa em alerta, advertindo que abateria qualquer míssil que sobrevoasse seu espaço aéreo, caso considerasse que o mesmo representasse ameaça à segurança do país.

“Tropas e antimísseis foram posicionados em terra, enquanto destróieres Aegis equipados como mísseis interceptores SM3 se encontravam a postos no Mar do Japão e no Mar da China Oriental”, afirmou o ministro japonês da Defesa, Gen Nakatani, logo após emitir a ordem de abate, em 3 de fevereiro.

Mediante a isso, acredita-se que o país esteja configurado nos mesmos moldes de alerta e defesa, ou até mais, em vista da possibilidade de que o novo lançamento balístico de Pyongyang tenha um alvo específico, além de supostamente tratar-se de um míssil de longo alcance mais potente.

“O governo japonês deve estar preparado a proteger as vidas, e nós estaremos completamente preparados para responder a qualquer situação critica. Participaremos das ações de monitoramento e vigilância”, destacou Suga.

O chefe do gabinete também reafirmou que Tóquio estava monitorando atentamente as preparações para os testes nucleares da Coreia  do Norte e cooperando com os EUA e a Coreia do Sul.

Os lados devem se encontrar em uma reunião marcada para 19 de abril, em Seul, onde discutirão o programa nuclear da Coreia que escalou consideravelmente as tensões na Península Coreana.

Fontes: Agência Kyodo | Agência Brasil.

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