Dólar fecha perto da estabilidade pelo segundo dia e se mantém no nível de R$ 2,20

Na semana, o dólar também se mantém praticamente estável, com queda de 0,02%.

Do Mundo-Nipo

O dólar fechou praticamente estável ante o real nesta terça-feira (14), influenciado por resultados mais fracos do que o esperado sobre o varejo nos Estados Unidos e pelas declarações do presidente do PT, Rui Falcão, que afirmou que o governo poderá discutir controle de capital mais rígido caso ocorra um segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

O dólar comercial encerrou o dia com leve queda de 0,03%, cotado a R$ 2,2150 para a venda. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 2,1 bilhões, mais que o dobro do registrado na véspera, que foi de US$ 1 bilhão.

Na semana, o dólar se mantém praticamente estável, com queda de 0,02%. No mês, há desvalorização acumulada de 0,67% e no ano, de 6,04%.

Durante praticamente todo o dia, a moeda norte-americana recuou ante o real diante de dados mais fracos do que o esperado sobre o varejo nos Estados Unidos, moderando as esperanças de forte aceleração do crescimento econômico no segundo trimestre.

O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tem reduzido gradualmente suas medidas de estímulo econômico e sinalizado que poderia elevar as taxas de juros mais cedo que o esperado.

Juros mais altos no exterior poderiam atrair de volta à maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em países como o Brasil, pressionando o câmbio.

Apesar da queda mais cedo, chegando a bater RS$ 2,2055 na mínima do dia, o dólar se manteve no patamar de R$ 2,20, algo que incomodaria o Banco Central segundo avaliação de operadores. Esse nível não é inflacionário e, ao mesmo tempo, não prejudica as exportações.

“Quando o presidente do PT, partido do governo, fala em controle de capitais, o pessoal assusta. Se você imagina que o dinheiro que entrou vai ter que ficar aqui, a reação é querer tirar o que você já aplicou”, disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho, à Agência Reuters.

Falcão, que também é coordenador da campanha de reeleição da presidente, declarou-se ainda contra a autonomia formal do BC. “É preciso conter o investimento meramente especulativo e isso se faz com controle apropriado de capitais”, disse ele em entrevista à Bloomberg divulgada na reta final do pregão.

 

Intervenções do Banco Central no câmbio

Pela manhã, o BC vendeu a oferta total de swaps cambiais, equivalentes a venda futura de dólares, na intervenção diária, todos com vencimento em 2 de março de 2015 e volume equivalente a US$ 198,3 milhões. A autoridade monetária também ofertou contratos para 1º de dezembro deste ano, mas não colocou nenhum.

Em seguida, também vendeu a oferta total em leilão de rolagem. Até agora, o BC rolou pouco menos de 20 por cento do lote total para o próximo mês, que equivale a US$ 9,653 bilhões.

As informações das cotações de fechamento são fornecidas pelo Portal Financeiro Forex Pros/Investing.com.

 


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